AGU apresenta ao STF plano para dar mais transparência a emendas parlamentares

AGU/divulgação

Elaborado conjuntamente entre o Governo Federal e o Congresso Nacional, documento encaminhado à Corte antecipa pedido de informações realizado pelo ministro Flavio Dino

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou nesta terça-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) plano de trabalho para aprimorar a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares. Elaborado conjuntamente entre o Governo Federal e o Congresso Nacional, o plano antecipa informações pedidas pelo ministro do STF Flávio Dino, em decisão do último dia 2 de fevereiro no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 854.

No documento apresentado à Corte, a AGU responde detalhadamente os questionamentos feitos pelo ministro do Supremo, e demonstra como estão sendo cumpridas as recomendações feitas por ele em outra decisão tomada no último dia 19 de fevereiro. O objetivo, segundo a AGU, é aprimorar a interface entre os sistemas dos poderes Executivo e Legislativo na execução das emendas, aprimorando o trâmite administrativo e facilitando o controle social e o acesso público às informações.

Para isso, foram definidas ações e cronogramas específicos para a implementação progressiva das melhorias necessárias, considerando cada tipo de emenda e seus períodos de referência.

Segundo a AGU, todas as ações do plano de trabalho apresentado cumprem o previsto na Lei Complementar nº 210 de 2024, que trata da execução e proposição de emendas parlamentares. Do mesmo modo, seguem as definições do pacto realizado entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das diretrizes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).

No documento encaminhado ao STF, a AGU informa as melhorias que já foram implementadas no Portal da Transparência, com destaque para a consulta temática “Emendas Parlamentares”. Entre elas, ampliação de filtros de detalhamento; integração de dados da emenda com a relação de convênios associados; nova consulta por favorecido da emenda com filtros mais detalhados; melhor detalhamento de repasses de caráter nacional ou múltiplo com inclusão de filtro “localidade de aplicação do recurso”, entre outras.

Também são informadas, tal como determinado pelo ministro Flávio Dino, as medidas que estão sendo adotadas em relação às Organizações Não-Governamentais (ONGs) beneficiárias de recursos de emendas parlamentares; exclusão do Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) e do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) e cumprimento das recomendações constantes da decisão de 19 de fevereiro.

Acesse aqui o documento

Publicado originalmente pela Agência Gov em 26/02/2025 – 07h01

Por AGU

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