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Na ONU, EUA se abstêm em resoluções contra Rússia propostas pelo bloco europeu

Na manhã desta segunda-feira (24), a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução referente ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com 93 votos a favor, 18 contra e 65 abstenções. O documento, intitulado “Promoção de uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”, busca estabelecer um quadro para a […]

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REUTERS

Na manhã desta segunda-feira (24), a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução referente ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com 93 votos a favor, 18 contra e 65 abstenções.

O documento, intitulado “Promoção de uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”, busca estabelecer um quadro para a desescalada da violência e para o fim das hostilidades, além de reforçar a soberania e integridade territorial da Ucrânia.

A resolução destaca a urgência de uma “desescalada, cessação antecipada das hostilidades e uma solução pacífica” para a guerra, com um apelo direto para que a Rússia retire suas forças militares do território ucraniano dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas. O texto também exige que a Federação Russa cesse as hostilidades contra a Ucrânia de maneira imediata.

O voto ocorreu após um processo diplomático complexo, no qual o Brasil se absteve, junto a outros países, da votação. Este foi o primeiro episódio desde 2022 em que os Estados Unidos não copatrocinaram uma resolução contra a Rússia na Assembleia Geral da ONU relacionada ao conflito ucraniano.

Em vez disso, os EUA propuseram um texto neutro, que posteriormente foi modificado por emendas propostas por países ocidentais, incluindo referências diretas ao conflito, à “invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia” e à necessidade de uma paz justa e duradoura.

Embora a versão original da proposta americana fosse mais generalista, contendo três parágrafos focados nas perdas humanas e na importância do papel da ONU para manter a paz internacional, a resolução foi adaptada para incluir mais referências explícitas ao apoio à Ucrânia.

As emendas ocidentais fortaleceram a ênfase na proteção da soberania ucraniana, incluindo a reafirmação de seu direito à integridade territorial. Como resultado, o projeto de resolução proposto pelos Estados Unidos foi aprovado com a adição dessas modificações, mas os EUA optaram por se abster na votação final.

O conteúdo da resolução reafirma os princípios da ONU de resolução pacífica de disputas e o compromisso com a manutenção da paz e segurança internacionais, alinhando-se com a posição de diversos países ocidentais que buscam garantir a integridade territorial da Ucrânia e uma solução duradoura para o conflito.

A Assembleia Geral da ONU, composta por 193 Estados-membros, tem se mostrado um fórum importante para as deliberações sobre o conflito, com resoluções frequentemente refletindo as divisões políticas globais sobre a guerra.

No entanto, a aprovação de textos como o de hoje pode ser vista como uma tentativa de pressionar pela retirada das forças russas e uma abordagem mais firme contra as ações militares da Rússia na Ucrânia, embora com um número significativo de abstenções.

Além do Brasil, países como a China e a Índia também se abstiveram de votar, o que reflete uma postura cautelosa adotada por várias nações que buscam manter uma posição de neutralidade ou mediadora no conflito.

Por outro lado, nações ocidentais como os membros da União Europeia, além dos Estados Unidos, continuam a insistir em resoluções que enfatizam a necessidade de responsabilizar a Rússia e apoiar a Ucrânia em sua luta pela integridade territorial.

Em relação à postura dos Estados Unidos, a mudança na estratégia diplomática é vista como um reflexo das mudanças nas dinâmicas políticas e diplomáticas da administração Biden.

O fato de os EUA não terem copatrocinado a resolução inicial pode ser interpretado como uma tentativa de evitar uma polarização maior no debate da ONU, ao mesmo tempo em que garantiram, por meio de suas emendas, que o texto final continha elementos favoráveis à Ucrânia.

O impacto dessa resolução será acompanhado de perto nas próximas semanas, à medida que as negociações diplomáticas continuam a se desenrolar.

A ONU permanece como um campo central de discussão sobre o futuro da Ucrânia, com a comunidade internacional dividida sobre as melhores abordagens para alcançar um cessar-fogo efetivo e uma paz duradoura.

Com a recente aprovação da resolução, a pressão sobre a Rússia para que altere sua postura no conflito ucraniano parece aumentar, com a Assembleia Geral da ONU desempenhando um papel fundamental em refletir a vontade da comunidade internacional.

O desenvolvimento dessa situação deve continuar a ser monitorado de perto, à medida que mais resoluções e ações diplomáticas são esperadas para moldar os próximos passos no cenário global da guerra.

Com informações da Ria Novosti

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