Governo do Rio busca cooperação com EUA para combater as facções criminosas

Divulgação/PMERJ

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro está em negociação com o governo dos Estados Unidos para classificar o Comando Vermelho (CV) como uma organização criminosa internacional. A informação foi divulgada pelo jornal Extra, que teve acesso a documentos que detalham o andamento das conversas entre as autoridades brasileiras e americanas.

De acordo com o periódico, o Serviço de Segurança Diplomática (DSS), uma agência subordinada ao Departamento de Estado dos EUA e especializada em combater crimes internacionais, já está envolvido nas tratativas.

O reconhecimento do Comando Vermelho como uma Organização Criminosa Transnacional (TCO, na sigla em inglês) abriria portas para uma ação mais coordenada por parte de agências americanas, como a Drug Enforcement Administration (DEA) e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), no combate às atividades da facção criminosa.

A proposta para qualificar o CV como organização criminosa transnacional baseia-se em informações de que o grupo estaria recrutando membros nos Estados Unidos e estabelecendo parcerias com cartéis da América do Sul para traficar drogas para o território americano.

A negociação entre os governos do Rio de Janeiro e dos Estados Unidos está em andamento desde junho de 2024, com base em essas alegações.

Uma das principais consequências do reconhecimento do Comando Vermelho como uma organização criminosa internacional seria a possibilidade de inclusão de seus membros em alertas nos sistemas americanos de imigração, dificultando a entrada dos envolvidos nos Estados Unidos.

O objetivo é dificultar a movimentação da facção entre os dois países e reforçar o combate ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas associadas ao grupo.

Segundo o Extra, um memorando de entendimento entre o Departamento de Estado dos EUA e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro já foi redigido em agosto de 2024.

O documento prevê a realização de ações conjuntas entre os dois governos para combater crimes como corrupção, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e captura de foragidos internacionais.

O acordo, caso seja firmado, terá validade de quatro anos e passará por uma revisão anual. No entanto, até o momento, o Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro não se manifestou oficialmente sobre o andamento das negociações entre as autoridades dos dois países.

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