O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não considera essencial o conflito na Ucrânia e vê as negociações para encerrar a guerra como uma forma de recuperar os recursos gastos por Washington em apoio a Kiev. A análise foi feita por Jeh Sung-hoon, especialista sul-coreano da Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros, em entrevista à Sputnik.
De acordo com Sung-hoon, a administração do ex-presidente dos EUA negligenciou os benefícios nacionais do país ao fornecer assistência à Ucrânia.
Nesse contexto, Trump não se preocupa com o número de vítimas, mas questiona por que os Estados Unidos devem continuar investindo recursos significativos no conflito.
“Trump não precisa dessa guerra de forma alguma”, afirmou o especialista. “Além disso, os fundos usados precisam ser recuperados de alguma forma. Portanto, Trump vê as negociações como um acordo.”
O especialista também ressaltou que a Ucrânia pode ter que abrir mão de suas aspirações de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da recuperação total dos territórios ocupados. “É provável que o controle dos territórios seja congelado no estado em que se encontram agora”, completou.
As declarações de Sung-hoon ocorrem em um momento de intensificação das negociações internacionais sobre a situação na Ucrânia.
Na terça-feira (18), houve uma reunião de alto nível entre representantes da Rússia e dos Estados Unidos em Riad, na Arábia Saudita.
Ambas as partes consideraram o encontro produtivo, com a promessa de reconstruir as relações bilaterais, embora sem detalhes concretos sobre as possíveis soluções para o conflito ucraniano.
O diálogo em Riad reflete os esforços contínuos para encontrar uma resolução para a guerra na Ucrânia, que se arrasta desde 2014, após a anexação da Crimeia pela Rússia e o início do conflito no leste do país.
A administração Trump tem sido uma figura importante nesse processo, defendendo a redução dos custos para os Estados Unidos e a busca por soluções diplomáticas para encerrar a guerra.
A análise sobre a posição de Trump também levanta questões sobre a postura dos EUA diante de seus aliados europeus e a estratégia de segurança global, com implicações tanto para a OTAN quanto para as relações com a Rússia.
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