A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira, a formalização de um contrato de longo prazo com a empresa britânica Centrica para a compra e venda de gás natural liquefeito (GNL). O acordo, que terá duração de 15 anos, prevê a aquisição de 800 mil toneladas de GNL por ano, com início previsto para 2027.
O fornecimento do gás será feito a partir do portfólio da Centrica, incluindo as plantas de liquefação Sabine Pass e Delfin LNG, localizadas nos Estados Unidos. O suprimento de GNL será responsável por cerca de 30% do portfólio da empresa britânica no mercado norte-americano.
No comunicado enviado ao mercado, a Petrobras ressaltou que o acordo está condicionado à decisão final de investimentos no projeto Delfin LNG, que atualmente está em desenvolvimento pela empresa Delfin Midstream. Essa decisão é um passo importante no processo de concretização do fornecimento de gás a partir dessa planta.
De acordo com a Petrobras, a transação é um avanço significativo em sua estratégia de negócios. A empresa afirmou que o contrato “reduz a exposição aos preços spot”, ou seja, aos preços de mercado de curto prazo, e melhora a competitividade do Brasil no acesso ao gás natural.
Além disso, a Petrobras destacou que o acordo traz maior segurança no fornecimento de GNL para o país, uma vez que assegura uma quantidade significativa do combustível a preços acordados por um período prolongado.
O movimento da Petrobras reflete a crescente demanda por soluções de fornecimento de energia no Brasil e a busca por acordos que minimizem riscos relacionados à volatilidade do mercado internacional de GNL.
A diversificação das fontes de gás, especialmente com fornecedores globais, tem se mostrado uma estratégia importante para garantir a estabilidade energética no país.
A Petrobras, que tem um papel central no setor de energia brasileiro, continua a expandir suas operações no mercado de GNL, com o objetivo de consolidar sua posição tanto no fornecimento interno quanto nas negociações internacionais.
O acordo com a Centrica vem em um momento de transformação no setor de gás natural, com novas iniciativas em diversas regiões do mundo, incluindo a América do Norte, que tem se tornado um dos principais fornecedores globais de GNL.
A decisão final sobre o projeto Delfin LNG, que depende do avanço das condições financeiras e de investimento, é aguardada nos próximos meses. A Petrobras seguirá monitorando o andamento desse projeto, que poderá impactar a viabilidade do acordo a longo prazo.
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