Presidente afirma que vai negociar com atacadistas para conter o preço dos alimentos no Brasil e garantir que a inflação não comprometa o poder de compra dos brasileiros
“Ajustar a vocação de celeiro do mundo com a necessidade de garantir que os produtos cultivados em nosso país cheguem à mesa a preços compatíveis com o poder de compra dos brasileiros. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, essa é uma das prioridades do Governo Federal, visando tanto a segurança alimentar da população quanto a expansão de novos mercados para o Brasil. As medidas foram detalhadas em entrevista nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro.
O Brasil se tornou praticamente um supermercado global. E queremos dialogar com os empresários para que continuem exportando, mas sem que falte produtos para o povo brasileiro. Vamos realizar uma reunião com os atacadistas para discutir como podemos reduzir os preços. Tenho certeza de que conseguiremos ajustá-los ao poder aquisitivo do trabalhador”, afirmou Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República.
“O Brasil se transformou quase em um supermercado do mundo. E queremos conversar com os empresários para que continuem exportando, mas sem que falte comida para o povo brasileiro. Vamos nos reunir com os atacadistas para debater como podemos reduzir os preços. Eles vão cair, e estou certo de que conseguiremos alinhá-los ao poder de compra do trabalhador”, destacou o presidente, referindo-se especificamente ao preço dos ovos, que está temporariamente acima do padrão, e às condições climáticas adversas em 2024, com recordes de calor, secas intensas em algumas regiões e enchentes em áreas produtivas, como no Rio Grande do Sul.
Lula mencionou que o preço da carne já começou a cair e que há boas perspectivas para o ano, graças à expectativa de safras recordes e às facilidades criadas para a agricultura familiar, como o programa Desenrola Rural, anunciado nesta semana, que visa resolver dívidas do setor e ampliar o acesso ao crédito. O presidente também destacou que o Governo Federal garantiu a isenção de impostos para os produtos da cesta básica na reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional. A medida, segundo o texto aprovado, começará a impactar os preços de forma mais direta a partir de 2027.
“Os produtos ficarão mais acessíveis, porque a segurança alimentar é algo que devemos cuidar com muito carinho. Ela é a maior arma que temos para enfrentar qualquer situação. O povo precisa ter acesso a café barato e de qualidade. Almoço barato e de qualidade. E jantar barato e de qualidade”, afirmou.
Outra iniciativa para ajudar a população, segundo o presidente, são as políticas públicas retomadas e aprimoradas, que estão gerando indicadores econômicos positivos. Para Lula, com a economia crescendo mais de 3% nos dois primeiros anos de seu mandato, o aumento real do salário mínimo, mais de 100 milhões de pessoas empregadas e a menor taxa de desemprego da série histórica em 2024 (6,6%), o poder de compra do trabalhador está aumentando.
“O ano de 2025 será o ano da grande colheita deste país. Do ponto de vista do crescimento da renda do trabalhador. Do ponto de vista da política de crédito. Passamos dois anos organizando o país, reestruturando, reformulando leis, tudo o que era necessário para fazer o país avançar. Esse crescimento será repassado aos trabalhadores com o aumento do salário mínimo. Isso vai melhorar muito a vida das pessoas”, comentou o presidente.
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