O Brasil respira aliviado com a dura denúncia feita por Gonet contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados mais próximos.
Segundo analistas, a denúncia joga uma última pá de terra sobre o caixão da carreira política de Jair Bolsonaro, que agora terá que se apegar, pateticamente, a pedidos de ajuda a Donald Trump. Só que Trump tem outras coisas com que se preocupar.
Vamos à notícia, conforme publicada há pouco pelo G1:
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado em 2022, seguindo a conclusão da Polícia Federal, que no ano passado já havia indiciado o ex-presidente e outros 39 envolvidos. O Supremo Tribunal Federal (STF) agora analisará a denúncia, que pode transformar Bolsonaro em réu e obrigá-lo a responder criminalmente pelos seus atos.
A denúncia aponta Bolsonaro e seus aliados como responsáveis pelos crimes de Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Organização criminosa. Entre os principais denunciados estão o general Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
A lista dos investigados por tentativa de golpe inclui nomes de peso do governo Bolsonaro e do bolsonarismo, como:
- Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e deputado federal
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente
A PGR se baseou em um relatório da PF que, em novembro do ano passado, já havia concluído que Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio sobre o plano golpista. O documento revela a existência de seis núcleos organizados para executar o golpe:
- Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral – responsável por espalhar mentiras sobre as urnas eletrônicas para desacreditar o processo democrático.
- Incitação de Militares – promovia ataques contra oficiais que resistiam ao golpe.
- Núcleo Jurídico – elaborava minutas golpistas, como o decreto encontrado na casa de Anderson Torres.
- Apoio Operacional – organizava a logística para manter acampamentos golpistas e mobilizar militares.
- Inteligência Paralela – monitorava autoridades como Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin.
- Medidas Coercitivas – previa a eliminação ou captura de adversários políticos, incluindo o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
Os crimes listados pela PGR têm penas que variam de 4 a 12 anos de prisão para Golpe de Estado, 4 a 8 anos para Abolição violenta do Estado Democrático de Direito e 3 a 8 anos para Organização criminosa.
Além dessa denúncia, Bolsonaro já é alvo de outras investigações da PF, incluindo o escândalo das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinação. Agora, o cerco se fecha de vez.
Confira a íntegra do documento da denúncia neste link.