O avanço da China na implementação da estratégia “Made in China 2025” (MIC2025) nos últimos dez anos gerou novos alertas em Washington. Um painel do Congresso dos EUA destacou, na quinta-feira, que o país pode ficar para trás diante dos avanços chineses em inteligência artificial (IA) e robótica humanoide.
Durante uma audiência online intitulada “Made in China 2025 – Quem está ganhando?”, analistas pediram que Washington fortaleça laços tecnológicos com aliados e flexibilize as regras de visto para profissionais chineses de STEM.
“Pequim destruiu o mito de que a China não pode inovar – que ela só pode tomar emprestada e roubar tecnologia”, afirmou Liza Tobin, diretora da Garnaut Global, durante a audiência.
Em depoimento escrito, Tobin alertou que os EUA não estão preparados para um conflito prolongado com a China, ressaltando que a base industrial de defesa americana depende de insumos críticos do rival, incluindo minerais de terras raras e eletrônicos avançados.
A estratégia MIC2025, lançada pela China em 2015, busca autossuficiência e inovação em 10 setores estratégicos.
Segundo o South China Morning Post, o país atingiu 86% de suas metas até abril. Tobin alertou que os EUA correm o risco de perder a próxima revolução industrial, impulsionada pela convergência da IA com a indústria física.
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