A produção brasileira de grãos deve atingir 325,7 milhões de toneladas na safra 2024/25, um aumento de 9,4% em relação à temporada anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O crescimento é atribuído ao aumento de 2,1% na área cultivada, que chegou a 81,6 milhões de hectares, e à recuperação de 7,1% na produtividade média, estimada em 3.990 quilos por hectare.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, afirmou que a safra de 2025 será a maior da história e destacou o aumento na produção de alimentos como arroz e feijão.
A safra de arroz deve atingir 11,75 milhões de toneladas, um crescimento superior a 11%. Pretto também citou o papel do crédito rural subsidiado no desempenho da agricultura.
A supersafra deve impactar o abastecimento e os preços dos alimentos, com maior oferta de produtos como arroz, feijão e milho.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse esperar que o aumento da oferta resulte em preços mais baixos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou o papel do Brasil como um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
A produção de soja está estimada em 166 milhões de toneladas, um aumento de 12,4%. A colheita já começou em estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás e Bahia.
O milho deve atingir 122 milhões de toneladas, com alta de 5,5%. O arroz deve alcançar 11,8 milhões de toneladas, aumento de 11,4%, e o trigo, 9,1 milhões de toneladas, com plantio previsto para abril e maio.
As exportações de soja devem chegar a 105,4 milhões de toneladas, um recorde histórico, enquanto o milho também deve expandir sua presença no mercado internacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo busca garantir que a produção recorde beneficie o consumidor brasileiro, com investimentos em agricultura familiar e políticas para redução de preços.
Com a safra recorde, o Brasil reforça sua posição como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, assegurando o abastecimento interno e ampliando sua presença no comércio global.