O governo brasileiro busca diálogo com os Estados Unidos após o anúncio de aumento no imposto de importação sobre aço e alumínio feito pelo presidente Donald Trump. A estratégia é negociar cotas de exportação isentas da nova tarifa, similar ao que foi alcançado em 2018.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que a medida dos EUA não foi direcionada especificamente ao Brasil, mas aplicada globalmente. Alckmin destacou que os EUA são um parceiro comercial importante e que o governo brasileiro buscará a melhor solução por meio de diálogo.
Trump justificou o aumento como forma de revitalizar a indústria americana, ressaltando a necessidade de manter a produção de aço e alumínio nos EUA.
Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá. Em 2023, 18% das exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço tiveram como destino o mercado americano.
Em abril de 2023, o Brasil também aumentou o imposto de importação para 25% sobre alguns produtos de aço, com vigência até maio de 2024. A medida, aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) e sem objeção dos sócios do Mercosul, inclui cotas para importação, com sobretaxa aplicada apenas ao volume excedente.
Os produtos afetados incluem laminados planos, fios-máquinas, barras de ferro ou aço, tubos para oleodutos e gasodutos, tubos de ligas de aços e tubos soldados.
Importações sob regimes aduaneiros suspensivos ou acordos comerciais do Mercosul não são impactadas. Alckmin destacou que a medida visa reduzir a ociosidade da indústria siderúrgica nacional e preservar empregos e investimentos.
Com informações do G1
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