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BYD lidera mercado chinês de veículos de passeio pela primeira vez em 2024

A BYD assumiu a liderança nas vendas de veículos de passeio na China em 2024, superando pela primeira vez as tradicionais parcerias entre montadoras estatais e fabricantes estrangeiras. Dados da MarkLines indicam que a empresa comercializou aproximadamente 3,65 milhões de unidades, um crescimento de 46% em relação ao ano anterior. A Zhejiang Geely Holding Group, […]

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A BYD assumiu a liderança nas vendas de veículos de passeio na China em 2024, superando pela primeira vez as tradicionais parcerias entre montadoras estatais e fabricantes estrangeiras.

Dados da MarkLines indicam que a empresa comercializou aproximadamente 3,65 milhões de unidades, um crescimento de 46% em relação ao ano anterior.

A Zhejiang Geely Holding Group, outra montadora privada, também registrou avanço significativo, com aumento de 30% nas vendas, atingindo 2,01 milhões de veículos e ocupando a terceira posição no ranking.

A Volkswagen, que liderava o mercado chinês há décadas e chegou a vender mais de 4 milhões de veículos por ano no país, caiu para a segunda colocação após uma retração de 6% nas vendas, totalizando 2,98 milhões de unidades.

A General Motors também registrou queda de 10%, enquanto Toyota e Honda apresentaram declínios expressivos.

Desde o final dos anos 1980, o setor automotivo chinês foi impulsionado por joint ventures entre montadoras estatais e empresas estrangeiras, com o objetivo de facilitar a transferência de tecnologia.

Parcerias como Volkswagen com China FAW Group, GM com SAIC Motor e Toyota com Dongfeng Motor consolidaram a presença dessas marcas no mercado local. No entanto, a expansão de montadoras privadas, aliada ao incentivo governamental a veículos elétricos e híbridos plug-in, alterou essa dinâmica.

O crescimento da BYD e da Geely reflete essa transformação no setor. Ambas as empresas têm investido na produção de veículos de nova energia, segmento que também atrai a entrada de grandes empresas de tecnologia, como Huawei e Xiaomi.

De acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as vendas desses veículos, incluindo exportações, cresceram 36% em 2024, totalizando 12,86 milhões de unidades e representando 41% do mercado de automóveis novos na China.

Empresas estrangeiras e estatais que demoraram a investir na eletrificação enfrentam desafios para manter sua competitividade. A General Motors reportou um prejuízo de US$ 4 bilhões no último trimestre devido à reestruturação de suas joint ventures com a SAIC Motor.

Montadoras japonesas, como Toyota, Honda e Nissan, reduziram sua capacidade de produção e promoveram cortes de pessoal no país.

Além disso, a estatal Dongfeng e a Changan Automobile anunciaram que suas controladoras planejam se fundir com uma “empresa estatal central”, movimento que pode impactar diretamente as operações da Honda e da Nissan na China.

O avanço das montadoras privadas chinesas também afeta o mercado automotivo global. Em 2024, a BYD vendeu 4,27 milhões de veículos em todo o mundo, superando fabricantes como Honda, Nissan e Suzuki.

Embora a maior parte das vendas tenha ocorrido dentro da China, a empresa vem ampliando sua presença no Sudeste Asiático e na América Latina.

A Geely, por sua vez, registrou um recorde de 3,33 milhões de unidades vendidas globalmente e projeta alcançar 5 milhões de veículos anuais até 2027. Sua divisão de veículos elétricos de luxo, Zeekr, já opera em mais de 40 mercados.

A concorrência entre montadoras chinesas nos segmentos de veículos elétricos, direção autônoma e software automotivo tem impulsionado o desenvolvimento tecnológico do setor. Diante desse avanço, montadoras japonesas avaliam a possibilidade de fusões para enfrentar a concorrência.

Paralelamente, Estados Unidos e União Europeia adotam tarifas sobre as exportações chinesas de automóveis, em uma tentativa de conter sua expansão. Em resposta, empresas como a BYD estudam a instalação de fábricas na Europa para evitar barreiras comerciais.

Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump sugeriu recentemente a possibilidade de permitir a instalação de fábricas chinesas no país, o que pode impactar o setor nos próximos anos.

Com informações do Valor

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