Bancada do agro brasileiro vê risco de novas barreiras comerciais impostas por Trump

AGÊNCIA CÂMARA

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar tarifas sobre a importação de aço e alumínio gerou preocupação entre parlamentares ligados ao agronegócio no Brasil.

O receio é que a estratégia protecionista se estenda ao setor agrícola, fundamental para a economia brasileira, conforme reportado pelo colunista Paulo Capelli, no Metrópoles.

O deputado Pedro Lupion (PP-PR), líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), avaliou o impacto da medida e a possibilidade de novas restrições comerciais.

“Causa receio. É natural. É um movimento que o presidente americano tem feito em todas as negociações. Tem muita bravata também, movimentos feitos para chamar [os demais países] para a mesa de negociação, como nos casos do México, Panamá e Canadá. O Partido Republicano é mais protecionista”, afirmou.

Lupion evitou críticas diretas a Trump, destacando a proximidade da bancada do agronegócio com Jair Bolsonaro (PL), aliado político do ex-presidente norte-americano.

A medida tarifária foi anunciada nesta terça-feira, 11, e estabelece uma taxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

Os principais exportadores desses produtos para os EUA são Canadá, Brasil e México, seguidos por Coreia do Sul e Vietnã, conforme dados do governo norte-americano e do American Iron and Steel Institute.

Os impactos para o Brasil podem ser significativos. Em 2022, os EUA foram destino de 49% das exportações brasileiras de aço, segundo o Instituto Aço Brasil. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil no fornecimento do insumo para os americanos.

Caso o protecionismo alcance o setor agropecuário, a exportação de soja, milho e carne bovina pode ser afetada, comprometendo o desempenho da economia brasileira.

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