Vendas de veículos no país crescem em janeiro e atingem níveis pré-pandemia

Roosevelt Cassio/Reuters

A venda de veículos automotores no país alcançou 171,2 mil unidades em janeiro de 2025, um crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2024. Este é o terceiro ano consecutivo em que as vendas no primeiro mês do ano registram alta, aproximando-se dos níveis observados antes da pandemia de covid-19.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Produção sobe 15,1% impulsionada por exportações

O levantamento da Anfavea também aponta aumento na produção de veículos, que chegou a 175,5 mil unidades em janeiro, 15,1% acima do total fabricado no mesmo mês do ano anterior.

A entidade atribui esse crescimento ao desempenho das exportações, que atingiram 28,7 mil unidades, um salto de 52,3% em relação a janeiro de 2024.

O setor de importação também apresentou alta. No mês, o volume de veículos importados foi de 39,3 mil unidades, o que representa um crescimento de 24,8% na comparação anual.

A participação das vendas de veículos importados no mercado interno tem aumentado nos últimos anos: 14,3% em 2022 e 2023, 19,5% em 2024 e 23% em 2025.

Custos de produção sobem com juros e câmbio

Márcio de Lima e Leite, presidente da Anfavea, destacou que a elevação da taxa de juros e a alta no preço do dólar, registrada no final de 2024, devem pressionar os custos de produção no setor automotivo.

Segundo ele, o impacto no preço final dos veículos vai depender da política comercial adotada por cada fabricante.

“Sem dúvida, as empresas tiveram um aumento de custos de produção nesses últimos dois meses. Tivemos aumento do preço em si, impactado por juros e por câmbio. É uma indústria que teve um aumento de custo na sua produção. Mas se isso vai ser repassado, aí cada montadora, cada fabricante, cada marca tem a sua estratégia de mercado”, afirmou o executivo.

A Anfavea não apresentou projeções sobre possíveis ajustes de preços no mercado doméstico, mas indicou que as variáveis econômicas continuarão influenciando a cadeia de produção e distribuição de veículos no país ao longo de 2025.

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