Marc Fogel, professor americano preso na Rússia, foi libertado após negociações lideradas por Steve Witkoff, enviado de Trump, em um gesto que pode melhorar as relações EUA-Rússia
Marc Fogel, um professor americano preso na Rússia há mais de três anos por porte de maconha medicinal, foi libertado nesta terça-feira (11) após negociações lideradas por Steve Witkoff, enviado especial do presidente Donald Trump para o Oriente Médio.
A libertação de Fogel é vista como um gesto de boa vontade da Rússia em direção ao novo governo dos Estados Unidos e pode abrir caminho para discussões sobre o fim da guerra na Ucrânia.
Detenção e libertação de Marc Fogel
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Marc Fogel foi preso em agosto de 2021 ao tentar entrar na Rússia com maconha medicinal, prescrita para tratar dores crônicas. Ele foi condenado a 14 anos de prisão em junho de 2022, mas só foi classificado como “detido injustamente” pelo governo Biden no final de 2024. A libertação ocorreu após semanas de negociações secretas conduzidas por Witkoff, um bilionário do setor imobiliário e amigo próximo de Trump.
Fogel foi retirado da Rússia em um avião particular de Witkoff, em um acordo que não detalhou se houve uma troca de prisioneiros ou outras concessões. Mike Waltz, assessor de segurança nacional de Trump, afirmou que a libertação é um “sinal de boa fé” dos russos e um passo na direção certa para acabar com a guerra na Ucrânia.
O papel de Steve Witkoff nas negociações
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Steve Witkoff, originalmente enviado para o Oriente Médio, teve seu papel expandido por Trump para incluir negociações com a Rússia. Ele já mantinha contato com aliados próximos de Vladimir Putin e discutiu a guerra na Ucrânia com representantes da Arábia Saudita e do Catar, países que buscam mediar o conflito.
A libertação de Fogel ocorre em um momento de tentativas de aproximação entre Trump e Putin. O presidente russo elogiou publicamente Trump após sua posse, e acredita-se que ambos possam se reunir em breve para discutir o futuro da Ucrânia.
Tensões na guerra da Ucrânia
Enquanto Trump busca uma solução rápida para o conflito, Putin tem resistido a concessões, apostando na exaustão do apoio ocidental à Ucrânia. Trump prometeu durante a campanha eleitoral encerrar a guerra “em 24 horas”, mas até agora não apresentou um plano claro.
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Ele sugeriu que a Ucrânia poderia compensar os EUA por ajuda militar com acesso a minerais de terras raras, uma proposta que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar disposto a considerar.
No entanto, Trump expressou ceticismo sobre Zelensky e relutância em oferecer garantias de segurança à Ucrânia. Em uma entrevista recente, ele levantou dúvidas sobre o futuro da soberania ucraniana, afirmando que o país “pode se tornar russo algum dia”.
Reações e próximos passos
A família de Marc Fogel agradeceu a Trump por garantir sua libertação. “Estamos além de gratos e aliviados que, após mais de três anos de detenção, nosso pai, marido e filho, Marc Fogel, está finalmente voltando para casa”, disseram em um comunicado.
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A libertação de Fogel também é vista como uma mudança na postura russa em relação aos prisioneiros americanos. Durante o governo Biden, Putin se mostrou menos disposto a fazer concessões, como demonstrado em uma entrevista com Tucker Carlson em 2024.
Enquanto isso, representantes do governo Trump devem discutir seus planos para a Ucrânia na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.
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O enviado especial Keith Kellogg e o vice-presidente JD Vance estão entre os participantes, e uma reunião entre Trump e Zelensky pode ocorrer em breve.
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