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Insumo farmacêutico nacional marca era de independência

A produção 100% brasileira do insumo para o Infliximabe reforça a soberania do país na indústria farmacêutica e promete avanços na saúde pública “Esse dia é histórico. Isso é um grande salto científico para o Brasil”, comemorou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao participar, nesta segunda (10) […]

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Alckmin celebra insumo 100% nacional para remédio de doença autoimune / Cadu Gomes / VPR

A produção 100% brasileira do insumo para o Infliximabe reforça a soberania do país na indústria farmacêutica e promete avanços na saúde pública


“Esse dia é histórico. Isso é um grande salto científico para o Brasil”, comemorou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao participar, nesta segunda (10) do anúncio da aprovação da Anvisa para que a Bionovis produza, no Brasil, Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a fabricação do medicamento Infliximabe, o que representa uma experiência de sucesso na Política Estruturante das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

“Nós estamos aqui na Bionovis, que é uma união de quatro grandes indústrias farmacêuticas brasileiras – a EMS, a Hypera, a União Química e a Aché – e a Bionovis, constituída para um avanço na ciência, que é a produção de anticorpos monoclonais. Isso é um grande salto científico para o Brasil. Nós importamos praticamente 95% dos IFAs, que são os imunobiológicos”, acrescentou Alckmin, lembrando que a iniciativa conta com apoio das políticas públicas do governo federal, de incentivo à indústria farmacêutica, como a Nova Indústria Brasil (NIB) e os investimentos do BNDES e da FINEP para pesquisa e desenvolvimento da saúde. A Missão 2 da NIB prevê R$ 59,2 bilhões em investimentos públicos e privados, entre 2023 e 2026.

Alckmin visitou a planta da Bionovis, em Valinhos, São Paulo. Com a aprovação, a Bionovis passa a ter condições de produzir 100% do IFA deste medicamento para o país.

Entre as metas da NIB está a de elevar dos atuais 45% para 50%, até 2026, e a 70% até 2033, a produção nacional das necessidades do país de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.

“O que estamos fazendo somente foi possível por conta de uma política de estado que se insere no Complexo Industrial da Saúde”, disse o presidente da Bionovis, Odnir Finotti, durante a cerimônia, citando as políticas públicas do governo federal que possibilitaram as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e a produção dos insumos biológicos ativos utilizados pelo SUS no atendimento à população brasileira.

“O SUS, na verdade, é o grande sustentáculo do que nós estamos fazendo aqui.  A política de estado disse, quando foi feito o desafio para nós e que foi aceito por nós: façam, que o governo faz a aquisição dos produtos”, comentou. “E, em 2015, isso se materializou com a Bionovis chegando aqui em Valinhos”, acrescentou, lembrando que naquela época Alckmin era o governador de São Paulo.

As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo têm como objetivo ampliar o acesso a medicamentos e produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de fortalecer o Complexo Econômico-Industrial do País. As parcerias são realizadas entre instituições públicas e empresas privadas, buscando promover a produção pública nacional. Também está incluído no escopo das PDP o desenvolvimento de novas tecnologias.

O Infliximabe é utilizado para tratar pacientes com doença de Crohn, colite ou retocolite ulcerativa, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriásica e psoríase, entre outras.

A produção do IFA é fruto da parceria entre a Janssen-Cilag, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Biomanguinhos/Fiocruz) e o laboratório brasileiro Bionovis. Serão fornecidos, em média, 260 mil frascos por ano do medicamento.

A Bionovis investiu R$ 800 milhões em infraestrutura fabril, capacitação de recursos humanos e aquisição de tecnologia com o objetivo de garantir a autossuficiência do Brasil no desenvolvimento e na fabricação de produtos biológicos de alta complexidade.

A planta tem capacidade de produzir até 250 kg de proteína de medicamentos biológicos por ano e permite fabricar dez biofármacos de alta complexidade para o tratamento de doenças autoimunes e oncológicas.

Esse volume garante o abastecimento de toda a demanda interna nacional, além da exportação para outros países.

Com informações do MDIC

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