O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta quarta-feira, 5, diante de críticas sobre a negativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira.
Lula afirmou que a ministra não é responsável pela demora na liberação e destacou que o governo busca uma solução para a questão, considerando aspectos ambientais e econômicos.
Em entrevista a rádios de Minas Gerais, Lula afirmou que a decisão exige estudos detalhados.
“A Marina não é a responsável. O responsável é que temos que fazer a coisa com muita clareza e estudo, porque temos que tomar conta do país. Nós queremos o petróleo e precisamos utilizá-lo para fazer a transição energética, pois vai precisar de muito dinheiro”, declarou.
E temos perto de nós a Guiana e o Suriname pesquisando petróleo próximo à Margem Equatorial. Precisamos então fazer um acordo e procurar uma solução”, emendou.
O impasse sobre a exploração na Margem Equatorial teve início em 2023, quando o Ibama negou a licença da Petrobras para atividades de pesquisa na Foz do Amazonas.
Desde então, a estatal tem trabalhado para atender aos requisitos exigidos pelo órgão ambiental. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou que os documentos solicitados pelo Ibama foram entregues em novembro do ano passado.
Na terça-feira (4), Lula se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e afirmou que buscará uma solução para viabilizar as pesquisas na Margem Equatorial.
A reunião entre representantes da Petrobras e do Ibama ocorreu em Brasília a pedido do presidente, com o objetivo de debater os argumentos de ambos os lados e permitir que o governo avalie os próximos passos para a exploração na região, que se estende do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte.