As refinarias norte-americanas devem procurar novos fornecedores de petróleo na América Latina e no Oriente Médio, incluindo Brasil e Guiana, em razão das tarifas impostas pelo governo Trump ao México e ao Canadá, segundo a Bloomberg.
A agência informa que Brasil e Guiana estão geograficamente próximos dos EUA, tornando-se alternativas viáveis para os processadores norte-americanos. “Os processadores norte-americanos provavelmente buscarão tipos alternativos de óleo mais pesado produzidos por […] Brasil e Guiana, dada sua relativa proximidade”, destaca a Bloomberg.
A agência também aponta que as refinarias dos EUA podem considerar fornecedores em outras regiões. “Elas [refinarias norte-americanas] poderiam até mesmo procurar petróleo bruto de tão longe como o Iraque, embora ele só produza uma quantidade limitada de chamados carregamentos sem destino que podem ser exportados para qualquer lugar”, acrescenta, citando analistas.
A possibilidade de cooperação entre EUA e Venezuela é limitada devido às sanções impostas por Washington ao país sul-americano.
A Bloomberg aponta que as tarifas alterariam a rota das cadeias de fornecimento de energia, elevando o tempo de transporte de matérias-primas e aumentando os custos da refinaria de petróleo em US$ 3 a 4 (R$ 18-25) por barril.
Com as restrições comerciais, o México pode redirecionar o combustível excedente para Europa e Ásia. O Canadá, por sua vez, deve buscar novos compradores no exterior.
Na semana passada, o governo Trump assinou ordens executivas impondo tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México, com exceção dos produtos energéticos canadenses, que terão taxa de 10%. As tarifas sobre produtos chineses foram estabelecidas em 10%, além das que já estavam em vigor.
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