Empresas de IA dos EUA adotam modelo do DeepSeek em meio a guerra tecnológica

REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração

Empresas de tecnologia dos Estados Unidos estão implementando o mais recente modelo de raciocínio de inteligência artificial (IA) da startup chinesa DeepSeek, mesmo diante do aumento do escrutínio global sobre a empresa sediada em Hangzhou. A DeepSeek afirma desenvolver modelos avançados por um custo reduzido em relação aos padrões do setor.

A Nvidia, principal fabricante de chips para IA, disponibilizou o modelo DeepSeek R1 para usuários do microsserviço NIM na quinta-feira. Segundo a empresa, o modelo oferece “capacidades de raciocínio de última geração”, “alta eficiência de inferência” e “precisão líder” em tarefas como inferência lógica, raciocínio, matemática, codificação e compreensão de linguagem.

A adoção do modelo ocorre em meio às preocupações sobre os gastos de empresas de tecnologia dos EUA com unidades avançadas de processamento gráfico da Nvidia, o que impactou negativamente o valor de suas ações.

Lançado em 20 de janeiro, o DeepSeek R1 demonstrou capacidades comparáveis a modelos fechados da OpenAI em determinadas aplicações, com custos de treinamento inferiores.

A Microsoft, investidora da OpenAI, anunciou suporte para o R1 na plataforma de computação em nuvem Azure e no GitHub, permitindo que clientes desenvolvam aplicações de IA em computadores Copilot+. A Amazon também passou a disponibilizar o modelo no Amazon Web Services, permitindo que desenvolvedores criem aplicações com o R1.

O avanço da DeepSeek no mercado global de IA ocorre em um momento de intensificação das disputas tecnológicas entre os EUA e a China. O desenvolvimento e a adoção de modelos de IA por empresas de ambos os países seguem sendo monitorados por governos e setores reguladores internacionais.

Com informações da SCMP

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