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Saiba quando a carne está imprópria para o consumo

A Operação Carne Fraca trouxe à tona um esquema de comercialização de carnes impróprias para consumo no Rio de Janeiro. Investigadores descobriram que a empresa Tem Di Tudo Salvados, em Três Rios, comprou carnes que haviam sido submersas nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, episódio que deixou mais de 200 […]

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A Operação Carne Fraca trouxe à tona um esquema de comercialização de carnes impróprias para consumo no Rio de Janeiro. Investigadores descobriram que a empresa Tem Di Tudo Salvados, em Três Rios, comprou carnes que haviam sido submersas nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, episódio que deixou mais de 200 mortos.

As carnes, originalmente destinadas a virar ração animal, foram, segundo as investigações, processadas e vendidas como próprias para consumo em diversos pontos do país. As informações foram divulgadas pelo G1.

Em 22 de novembro, a polícia prendeu quatro pessoas ligadas ao esquema. As técnicas usadas para disfarçar a deterioração das carnes, incluindo bovina, suína e de aves, não foram especificadas nos detalhes da operação.

O esquema envolveu a revenda desses produtos para açougues e mercados, enganando consumidores quanto à qualidade e segurança.

Henrique Pedro Dias, diretor do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, ressalta a importância de os consumidores saberem identificar sinais de carne estragada.

A coloração alterada e o odor são indicadores de que a carne não está apropriada para consumo. Dias alerta, especialmente em relação a carnes processadas, onde a deterioração pode ser mais difícil de detectar.

Especialistas em segurança alimentar, como a nutricionista Neiva Souza da Unifesp, oferecem orientações sobre o armazenamento adequado de carnes em casa.

As recomendações incluem prazos de congelamento específicos que variam conforme a temperatura do freezer, assim como métodos seguros para descongelar a carne.

A legislação brasileira, através da Portaria nº 304/1996 e do Decreto nº 9.013/2017, estabelece normas estritas para o manuseio e transporte de carnes. As regras são projetadas para prevenir contaminações e garantir que produtos não conformes sejam prontamente eliminados, evitando riscos à saúde pública.

Este incidente sublinha a necessidade contínua de vigilância e fiscalização no setor de alimentos, reforçando a importância das normas sanitárias e comerciais em proteger os consumidores.

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