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Ministro admite que alimentos estão caros e que é o maior desafio do governo Lula

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou a inflação dos alimentos como um ponto crítico para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à Revista Fórum, o ministro expressou preocupação com o impacto que a alta nos preços dos alimentos pode ter sobre a popularidade do governo. Ele também fez […]

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O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou a inflação dos alimentos como um ponto crítico para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista à Revista Fórum, o ministro expressou preocupação com o impacto que a alta nos preços dos alimentos pode ter sobre a popularidade do governo.

Ele também fez uma conexão entre a situação brasileira e recentes derrotas eleitorais da esquerda na Europa e nos Estados Unidos, atribuindo-as, em parte, à mesma causa.

Durante uma pressão recente do presidente Lula, Teixeira, junto ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi encarregado de desenvolver um plano emergencial para conter a escalada dos preços dos alimentos no Brasil.

A inflação dos alimentos, que registrou uma elevação de 33,7% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, emergiu como uma das prioridades máximas do governo. Especificamente, o segmento de carnes apresentou um aumento de 20,84%, o maior desde 2019, exacerbado por fatores como o ciclo pecuário, a valorização do dólar e condições climáticas adversas.

Em resposta à crise, o presidente Lula enfatizou a necessidade de ações imediatas para aliviar o ônus sobre os consumidores, citando que “a população não pode esperar”.

Paulo Teixeira mencionou o lançamento do maior Plano Safra da história, com créditos subsidiados para a produção agrícola, e a busca por recursos adicionais para assistência técnica e extensão rural, visando melhor adaptar a agricultura às mudanças climáticas e tecnológicas.

Por outro lado, Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revelou o desenvolvimento de um programa para identificar regiões onde os preços dos alimentos são mais elevados.

O objetivo é intervir para assegurar preços mais acessíveis, especialmente em áreas periféricas das grandes cidades, como parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar. Pretto destacou, no entanto, que não existem planos para o tabelamento de preços ou controle de exportações.

Em vez disso, a estratégia consiste em criar incentivos para que pequenos varejistas possam oferecer alimentos a custos mais baixos, com um investimento de R$ 1,2 bilhão já parcialmente alocado no orçamento de 2025.

Carlos Fávaro, por sua vez, apontou a sazonalidade e a especulação financeira como outros elementos que exacerbam a inflação alimentar.

Ele observou que a colheita de grãos, prevista para começar neste mês, poderá moderar os preços de alguns produtos, mas alertou sobre os efeitos da especulação, exacerbada pelo dólar a R$ 6, nos custos alimentares.

Essas medidas refletem o reconhecimento, por parte do governo Lula, da complexidade e da urgência em tratar a inflação dos alimentos, um problema agravado por uma série de fatores internos e externos que desafiam soluções rápidas e eficazes.

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