A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China ganha um novo capítulo com foco na indústria naval. Washington levantou acusações contra construtores navais chineses por adotarem práticas consideradas desleais para ampliar sua participação no mercado global.
Essas acusações foram formalizadas após uma investigação realizada pelo Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), sob a Seção 301.
O USTR divulgou os resultados da investigação em 16 de janeiro, apontando que as práticas chinesas na construção naval, além de aspectos de transporte marítimo e logística, estão prejudicando a concorrência leal no mercado internacional.
Em resposta às descobertas, o USTR solicitou a implementação de ações responsivas para contrabalancear essas práticas.
Este anúncio ocorre no mesmo dia em que o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China (MIIT) celebrou o fato de a China ser o principal país construtor de navios do mundo pelo 15º ano consecutivo, projetando manter essa liderança em 2024.
Esta coincidência de datas destaca o contraste entre a posição chinesa de domínio no setor e as preocupações dos Estados Unidos com métodos que eles consideram injustos.
Essas novas tensões surgem em um momento delicado para as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, adicionando mais um elemento de disputa ao já complexo cenário de comércio internacional. As implicações dessas acusações podem afetar não apenas a indústria naval, mas também outras áreas de comércio e logística entre os dois países.
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