Fontes diplomáticas expressaram preocupação sobre as recentes relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, que parecem marcadas por um distanciamento significativo após a eleição do presidente Donald Trump. Reportagens indicam uma falta de comunicação direta entre os líderes dos dois países, limitando-se a interações protocolares.
Segundo informações obtidas pela correspondente da CNN em Nova York, Priscila Yazbek, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, enviou uma carta formal ao recém-nomeado Secretário de Estado americano, Marco Rubio, parabenizando-o por sua nomeação.
Contudo, além deste gesto protocolar, não houve esforços para estabelecer uma linha de comunicação mais direta com o novo chefe da diplomacia americana.
Essa ausência de diálogo mais substancial preocupa alguns membros do corpo diplomático, que descrevem a relação atual entre os dois países como “fria” e limitada a obrigações formais.
A percepção é que a indiferença demonstrada por Trump em relação ao presidente brasileiro Lula não é surpreendente, dada a polarização política evidente. Trump lidera um governo com posicionamentos claros que muitas vezes divergem dos do governo Lula.
Além disso, as declarações públicas de Lula durante as eleições americanas de 2024, onde ele expressou apoio à vice-presidente Kamala Harris, podem ter influenciado o atual estado das relações diplomáticas.
Apenas dois meses antes das eleições nos Estados Unidos, Lula disse esperar que “Deus queira que Kamala ganhe a eleição”. Na semana da votação, reiterou seu apoio à candidata democrata, o que potencialmente poderia gerar tensões adicionais com a administração Trump.
Essa conjuntura diplomática levanta questões sobre o futuro das relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em termos de cooperação bilateral e política externa. A situação atual sugere que ambos os países podem enfrentar desafios significativos para alinhar seus interesses e políticas em um cenário global cada vez mais complexo e dividido.