Sob Trump, os EUA deixam o Acordo de Paris, ignoram a ciência e reacendem temores globais enquanto priorizam petróleo, gás e um futuro de aquecimento descontrolado
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que retirará os Estados Unidos do histórico Acordo Climático de Paris, um golpe nos esforços globais para desacelerar o aquecimento global após o ano mais quente já registrado.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (20), logo após Trump prestar juramento e substituir Joe Biden como presidente dos EUA.
“O presidente Trump retirará os Estados Unidos do Acordo Climático de Paris”, informou a Casa Branca em um e-mail que listava as prioridades da nova administração, menos de meia hora após a posse do novo presidente.
Segundo o Financial Times, a saída dos EUA do acordo de 2015, assinado por quase 200 países, significa que o maior poluidor histórico do mundo abandonará novamente seu compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Rachel Cleetus, diretora de políticas da Union of Concerned Scientists, classificou a retirada dos EUA como “uma tragédia” e “um claro desafio às realidades científicas”.
Em seu discurso de posse, Trump declarou que buscaria fazer uso máximo das reservas de petróleo e gás dos Estados Unidos.
Os EUA são o único país a ter deixado o Acordo de Paris, durante o primeiro governo Trump em 2017. No entanto, o país voltou a fazer parte do acordo sob a administração de Biden em 2021. O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro também ameaçou retirar o país do acordo, mas não levou a ameaça adiante.
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