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Operação Overclean revela que esquema de corrupção tinha planilhas de ‘mesadas’

A Polícia Federal realizou a Operação Overclean, revelando um extenso esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos que operava em várias regiões do Brasil. Durante a operação, foram apreendidos documentos que incluíam tabelas detalhadas de propinas, indicando a organização de pagamentos ilícitos para sustentar fraudes contínuas em contratos públicos, conforme relatado […]

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A Polícia Federal realizou a Operação Overclean, revelando um extenso esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos que operava em várias regiões do Brasil.

Durante a operação, foram apreendidos documentos que incluíam tabelas detalhadas de propinas, indicando a organização de pagamentos ilícitos para sustentar fraudes contínuas em contratos públicos, conforme relatado por Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.

As investigações descobriram que esses registros eram empregados para efetuar pagamentos regulares a servidores públicos, políticos e intermediários envolvidos. Essas “mesadas” asseguravam o direcionamento de licitações fraudulentas e a fidelidade dos agentes do esquema, mantendo o fluxo constante de recursos desviados.

Os documentos mostraram que os pagamentos eram planejados financeiramente de forma meticulosa, variando de acordo com a influência ou posição do recebedor dentro da organização criminosa. Planilhas informais de contabilidade detalhavam os valores pagos, as datas dos repasses e os codinomes dos destinatários, com o intuito de ocultar os envolvidos reais.

Os beneficiários do esquema incluíam uma vasta rede de indivíduos. Entre eles, Rogério Magno Almeida Medeiros, um policial federal, recebia uma mesada fixa de R$ 6 mil para influenciar o direcionamento de contratos.

Lucas Moreira Martins Dias, ligado ao município de Vitória da Conquista e à empresa Larclean Saúde Ambiental, acumulou R$ 271 mil em propinas. Lara Betânia Lélis Oliveira foi registrada recebendo entre R$ 10 mil e R$ 15 mil em diversas ocasiões em 2022. Carlos André de Brito Coelho emergiu como um dos maiores beneficiários, com pagamentos que totalizaram R$ 1,7 milhão.

A função das tabelas de propina era crucial, agindo como instrumentos de gestão do esquema para garantir que cada integrante recebesse sua parte dos fundos desviados.

Elas detalhavam os valores e datas, com muitas transações coincidindo com os repasses contratuais fraudulentos assinados por prefeituras e outros órgãos públicos.

Esse controle rigoroso garantia a continuidade dos esquemas e reduzia o risco de conflitos entre os envolvidos, sugerindo uma coordenação precisa entre as diferentes etapas do esquema.

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