Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Carlos Siqueira, presidente do PSB, manifestou apoio à continuidade de Geraldo Alckmin como vice-presidente na possível candidatura à reeleição do presidente Lula em 2026. Siqueira elogiou Alckmin, descrevendo-o como um vice “trabalhador e leal”, e afirmou que sua manutenção na chapa seria uma decisão sensata.
Siqueira, que lidera o PSB há uma década e está prestes a passar o comando do partido para o prefeito do Recife, João Campos, expressou preocupação com a antecipação das discussões eleitorais, que considera contraproducentes.
Ele ressaltou a importância de o governo se concentrar em “acertar mais em 2025” para melhorar a vida dos brasileiros, criticando a prática de iniciar imediatamente as discussões sobre a próxima eleição.
Questionado sobre a possibilidade de Lula optar por um vice de partidos de centro como o MDB, Siqueira adotou uma postura cautelosa, citando as experiências anteriores com vice-presidentes como José Sarney e Michel Temer. Ele destacou que as decisões cabem ao presidente e recomendou paciência, considerando prematuro qualquer posicionamento definitivo agora.
O presidente do PSB também comentou sobre os desafios enfrentados pela esquerda nas últimas eleições municipais, onde partidos de centro-direita e extrema-direita obtiveram ganhos significativos.
Ele chamou atenção para a necessidade de renovação ideológica na esquerda, especialmente no que se refere ao engajamento com eleitores conservadores, incluindo o segmento evangélico.
Em relação à candidatura de Lula em 2026, Siqueira se mostrou favorável, mas enfatizou que a discussão deve ocorrer no tempo apropriado. Ele espera que Lula esteja em condições de concorrer e destacou sua força eleitoral.
Siqueira também abordou a divisão política no país, que, segundo ele, afeta a percepção pública do governo, muitas vezes avaliado mais por questões ideológicas do que por suas realizações.
Por fim, ele mencionou Márcio França como um potencial candidato progressista ao governo de São Paulo em 2026, caso decida entrar na disputa. Siqueira concluiu expressando apoio à transição de liderança no PSB para João Campos, cuja juventude e experiência considera essenciais para a renovação do partido.
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