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Representante chinês assistirá à posse de Trump, evitando presença de Xi Jinping

O governo chinês confirmou o envio de um representante de alto nível para a cerimônia de posse do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão foi divulgada pelo jornal britânico Financial Times nesta sexta-feira, 10, citando fontes próximas ao assunto. O Presidente Xi Jinping, que recebeu um convite para o evento, optou por […]

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REUTERS

O governo chinês confirmou o envio de um representante de alto nível para a cerimônia de posse do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

A decisão foi divulgada pelo jornal britânico Financial Times nesta sexta-feira, 10, citando fontes próximas ao assunto. O Presidente Xi Jinping, que recebeu um convite para o evento, optou por não comparecer pessoalmente.

De acordo com o relatório, a equipe de transição de Trump foi informada sobre a participação de um importante oficial do governo chinês, ao invés da presença de Xi.

Entre os candidatos para representar a China estão Han Zheng, Vice-Presidente com responsabilidades cerimoniais frequentes, e Wang Yi, o Ministro das Relações Exteriores.

O Comitê Permanente do Politburo, Cai Qi, é outro nome considerado. Qi é visto como uma figura chave no círculo interno de Xi, desempenhando um papel significativo na política chinesa, muito além das capacidades de Han ou Wang. A escolha do representante ainda está em aberto, refletindo a delicada natureza das relações sino-americanas.

A decisão de não enviar Xi à posse, um movimento sem precedentes para um líder chinês em relação a um evento presidencial americano, ocorre em um contexto de tensões crescentes entre as duas maiores economias do mundo.

Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos e a China se envolveram em um confronto comercial e tecnológico extenso, marcado por tarifas e disputas regulatórias.

Adicionalmente, Trump anunciou planos de impor uma nova tarifa alfandegária de 10% sobre os produtos chineses, visando pressionar Pequim a intensificar esforços contra o tráfico de fentanil. A postura combativa adotada pelo republicano durante a campanha eleitoral incluiu ameaças de elevar as taxas para mais de 60% em todos os produtos importados da China.

Essa política agressiva é espelhada na composição da futura administração Trump, que incluirá críticos ferrenhos da China, como Marco Rubio, indicado para Secretário de Estado. Esse arranjo sugere uma abordagem potencialmente mais conflituosa em relação à China durante o próximo mandato do presidente norte-americano.

O envio de um representante chinês à posse é visto como um gesto diplomático importante em meio a essas tensões, sinalizando a continuidade do diálogo, apesar das divergências significativas.

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