Receita da Meta com impulsionamento eleitoral explodiu nas eleições municipais de 2024

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A Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, alcançou uma receita significativa de R$195,6 milhões com o impulsionamento de publicações de candidatos durante as eleições municipais de 2024 no Brasil.

Este valor é um aumento expressivo em relação aos anos anteriores, segundo informações obtidas através da plataforma DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2022, as eleições gerais renderam R$129,3 milhões, enquanto as eleições municipais de 2020 geraram R$35,5 milhões para a companhia.

Notavelmente, os números poderiam ser ainda maiores, dado que as estatísticas do TSE não incluem os valores provenientes do Instagram, outra rede social sob a égide da Meta. Além disso, o TSE destaca a participação de empresas fintech intermediárias no processo de impulsionamento.

Estas empresas, que incluem a uruguaia dLocal e a holandesa Adyen, recebem pagamentos por impulsionamentos e os repassam para as plataformas. A dLocal foi responsável por uma movimentação financeira de R$76,3 milhões, seguida pela Adyen, com R$27,4 milhões.

Em 2022, a Meta comprometeu-se com o TSE a adotar medidas rápidas contra a disseminação de informações falsas e cooperar com o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE). As medidas incluíam a criação de um canal de denúncias e a promoção de maior transparência em relação aos anúncios.

Contudo, uma recente mudança de estratégia foi anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg. Ele declarou que a empresa abandonará o sistema de checagem de fatos para adotar um modelo de notas da comunidade, similar ao utilizado pelo X, antigo Twitter. Esta alteração é vista como uma aproximação aos princípios do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Adicionalmente, Zuckerberg fez declarações críticas em um vídeo, mencionando “censura” e “tribunais secretos” na América Latina, que foram interpretadas como uma crítica velada ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.

Tanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva quanto membros do STF viram essas declarações como um esforço para minar as políticas de combate à desinformação, principalmente em períodos eleitorais.

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