Em 2024, o petróleo se consolidou como o principal produto de exportação do Brasil, distanciando-se do segundo lugar, ocupado pela soja.
Segundo o Comexstat, o banco de dados federal interativo para o comércio exterior do Brasil, as exportações brasileiras de petróleo geraram US$ 56,96 bilhões em 2024, um aumento de 4% sobre o ano anterior e constituindo um novo recorde histórico.
Com isso, o petróleo respondeu por 17% de todas as exportações brasileiras.
Em segundo lugar, a soja gerou US$ 43,71 bilhões em 2024, queda de quase 20% em relação ao ano anterior.
O principal comprador do petróleo brasileiro foi, de longe, a China, que importou 36% de todo o produto exportado. Em 2024, a China importou do Brasil o equivalente a US$ 20,7 bilhões em petróleo, aumento de 3% sobre o ano anterior, e de 496% em 10 anos.
Entretanto, a melhor notícia para o Brasil foi o recorde histórico no saldo positivo na balança comercial do petróleo, que chegou a US$ 32 bilhões, o que corresponderia, ao câmbio atual, a R$ 192 bilhões.
O Brasil também importa grandes quantidades de petróleo (embora exporte muito mais, como se vê pelo saldo).
Em 2024, o Brasil importou US$ 25 bilhões em petróleo, queda de quase 10% sobre o ano anterior e de 26% em 10 anos, o que é um sinal de que a Petrobrás está conseguindo refinar maior quantidade de petróleo internamente, abastecendo o mercado doméstico.
Os maiores fornecedores foram Rússia e EUA. O destaque vai para a Rússia, cujas vendas de petróleo ao Brasil aumentaram 15% em 2024, na comparação com o ano anterior e mais de 2 mil por cento em 10 anos.
O petróleo exportado pelo Brasil é vendido, em sua maior parte, na forma bruta. E nossas importações são sobretudo derivados, com destaque para o diesel.
Considerando apenas o diesel, o Brasil importou em 2024 um total de US$ 8,3 bilhões, sendo 5,4 bilhões de diesel russo e US$ 1,4 bilhão de diesel dos EUA.
Confira as tabelas e gráficos abaixo.