O Papa Francisco intensificou suas críticas à campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, descrevendo a situação humanitária no enclave como crítica, durante seu discurso anual aos diplomatas na Santa Sé, que foi lido por um assessor devido ao seu estado de saúde.
O pontífice condenou diretamente o bombardeio de civis e expressou preocupação com a mortalidade infantil devido às condições severas exacerbadas pela destruição de infraestruturas essenciais, como hospitais e a rede elétrica.
“Não podemos aceitar de forma alguma o bombardeio de civis”, afirmou o Papa no texto lido pelo assessor, acrescentando que “não podemos aceitar que crianças morram de frio porque hospitais foram destruídos ou a rede de energia de um país foi atingida.” Estas declarações foram feitas na presença de enviados de aproximadamente 184 países, incluindo o embaixador de Israel na Santa Sé.
Além de falar sobre Gaza, Francisco também reiterou sua condenação ao antissemitismo e expressou preocupação com o crescimento de grupos antissemitas.
Ele chamou a atenção para o conflito entre Ucrânia e Rússia, pedindo o fim da guerra que já resultou em dezenas de milhares de mortes. O Papa também mencionou a necessidade de enfrentar os desafios das mudanças climáticas em escala global.
Recentemente, o Papa tem sido mais vocal sobre as ações militares de Israel contra o Hamas, levantando questionamentos sobre se a ofensiva poderia ser considerada um genocídio, o que provocou críticas de um ministro do governo israelense em dezembro.
Este posicionamento mais assertivo faz parte de um discurso que às vezes é referido como o “estado do mundo”, refletindo as preocupações globais que o líder da Igreja Católica deseja destacar perante a comunidade internacional.
Com informações da Reuters
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