A China e a República do Congo estabeleceram um cronograma detalhado e um plano de ação para a alocação de US$ 50 bilhões em financiamento prometido pelo presidente chinês Xi Jinping.
Esse montante será investido em projetos de infraestrutura em todo o continente africano nos próximos três anos. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante sua visita a Brazzaville, que é a segunda parada de sua viagem pela África.
Wang Yi, falando aos jornalistas após uma reunião com o presidente Denis Sassou Nguesso, informou que ambos os países realizarão uma reunião ministerial de coordenação para implementar os acordos firmados durante a cúpula do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) realizada em setembro.
Essa cúpula resultou em várias iniciativas destinadas a aprofundar as relações comerciais, econômicas, diplomáticas e militares entre a China e os países africanos, além de reforçar as interações entre os partidos políticos.
Um dos compromissos mais significativos da cúpula incluiu a isenção de tarifas sobre 100% dos produtos oriundos dos países menos desenvolvidos da África. Além disso, foram planejados importantes projetos de conectividade terrestre e marítima para melhorar a infraestrutura e o comércio intercontinental.
O Congo-Brazzaville, nação rica em petróleo e atual copresidente do FOCAC, foi escolhido como sede do fórum que será realizado em 2027.
A escolha do país reflete seu papel crescente no cenário diplomático e econômico africano, bem como a confiança na capacidade do Congo de liderar e implementar grandes projetos infraestruturais com o apoio da China.
Este plano de financiamento é visto como um passo estratégico para a China fortalecer ainda mais sua influência e parceria com os países africanos, alinhando-se com os objetivos de desenvolvimento mútuo e cooperação continental.