A operadora de saúde Amil registrou o maior aumento médio nos preços de seus planos coletivos em 2024, de acordo com uma análise realizada pelo BTG Pactual, que utilizou dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Enquanto a média de reajuste para planos coletivos se situou em 13,2% entre setembro e novembro, a Amil implementou um aumento de 19,9%, o mais elevado entre as principais operadoras do setor.
Este aumento segue a aquisição da Amil por José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, no final de 2023. Desde então, a operadora tem aplicado reajustes significativos, uma estratégia que visa contornar o déficit contábil de R$ 4 bilhões registrado no ano anterior. A política de reajustes agressivos tem sido fonte de insatisfação entre os clientes da empresa.
O levantamento do BTG Pactual também destacou as práticas de outras grandes operadoras no mercado. A Hapvida, por exemplo, optou por aumentos mais moderados, com um reajuste médio anual de 11,7%. Esse índice está alinhado com as previsões de desaceleração dos reajustes.
Por outro lado, o Bradesco Saúde adotou uma postura mais agressiva, com seus reajustes atingindo uma média de 17,6%. A SulAmérica manteve um nível de aumento relativamente estável, com uma média anual de 16,6%.
Essas diferenças nos índices de reajuste refletem as variadas estratégias adotadas pelas operadoras frente aos desafios econômicos do setor de saúde suplementar.
A prática de reajustes, enquanto necessária para a sustentabilidade financeira das operadoras, continua a ser um ponto crítico de debate sobre a acessibilidade e a qualidade da saúde privada no Brasil.
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