EUA atacam tecnologia chinesa sob pretexto de segurança nacional

Rotular empresas chinesas como militares é pretexto dos EUA para unilateralismo e coerção, diz análise / Reprodução

Sob o véu da segurança nacional, os EUA intensificam sua agenda de coerção econômica, mirando o progresso da China em uma tentativa desesperada de manter sua hegemonia global


A rotulação de empresas de tecnologia chinesas pelo governo dos EUA como “companhias militares” é mais um exemplo do uso da segurança nacional como um pretexto conveniente para justificar práticas unilaterais, coercitivas e intimidadoras.

Uma análise da lista do Pentágono revela que o foco está, em grande parte, nos setores tecnológicos de rápido avanço na China, como trens de alta velocidade, supercomputação, aviação comercial, inteligência artificial e drones.

Em declarações à Xinhua, o gigante chinês Tencent e a fabricante líder de baterias CATL, ambas incluídas na lista negra, negaram qualquer vínculo militar, classificando as designações do Departamento de Defesa dos EUA como falsas.

Caso semelhante pode ser visto na proposta recente do Departamento de Comércio dos EUA de proibir o fornecimento de drones fabricados na China. Além disso, nenhum dos departamentos forneceu critérios de revisão ou evidências que embasassem suas ações.

Essas medidas de jurisdição extraterritorial refletem uma paranoia dos EUA, onde vantagens tecnológicas estrangeiras são vistas como ameaças à segurança nacional americana e devem ser criminalizadas.

Essas ações servem apenas como pretexto para movimentos coercitivos que buscam superar um rival estratégico. Brian Tycangco, analista da Stansberry Research, criticou essa abordagem: “Se você é uma empresa chinesa inovadora e lucrativa, é provável que seja vista como uma ameaça à segurança nacional dos EUA. Surreal.”

É essencial reconhecer que táticas tão desonestas prejudicam tanto a força econômica quanto a liderança tecnológica global.

A fabricante de drones chinesa DJI, por exemplo, contribuiu com 515 milhões de dólares para o setor agrícola dos EUA apenas em 2023, segundo a própria empresa. Agricultores locais, equipes de resgate e cineastas americanos estão profundamente preocupados com os impactos de uma possível proibição da DJI.

No último mês do governo Biden, sanções e regras foram apressadamente introduzidas para conter o crescimento econômico e o desenvolvimento tecnológico da China, incluindo proibições de investimentos nos setores de IA, semicondutores e computação quântica, bem como uma investigação comercial sobre chips legados da China.

A “frenesia final” da administração Biden para desacoplar-se da China e conter seu crescimento quebrou muitas de suas promessas anteriores e expôs sua natureza enganosa e hipócrita. Isso deixa um legado político sombrio e complica a abordagem do próximo presidente dos EUA em relação às relações com a China.

Políticos americanos sensatos devem respeitar o direito inalienável do povo chinês ao desenvolvimento e reconsiderar restrições infundadas que prejudicam ambas as partes e o cenário global como um todo.

Com informações de Xinhua*

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