O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) iniciou discussões para uma possível fusão com o Partido Social Democrático (PSD), liderado por Gilberto Kassab, conforme reportado pelo Estado de S.Paulo.
Esta movimentação política vem em resposta a uma série de derrotas eleitorais e ao esvaziamento de seus quadros, destacado pela saída de figuras como o vice-presidente Geraldo Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022.
Paulo Serra, presidente do PSDB em São Paulo e ex-prefeito de Santo André, encontrou-se com Kassab na última quinta-feira para debater a proposta de fusão.
“Tivemos uma boa conversa e essa questão da fusão do PSDB com o PSD está avançando bastante”, declarou Serra. Ele salientou a necessidade de crescimento através da união com outras legendas como uma alternativa estratégica.
Historicamente, o PSDB enfrenta uma crise de representatividade agravada pela ausência de candidatos presidenciais em 2022, um movimento considerado um erro tático por líderes como Marconi Perillo, ex-governador de Goiás. Além disso, o partido falhou em eleger vereadores nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte durante as últimas eleições municipais.
Internamente, o PSDB experimentou uma tentativa frustrada de aliança com o Cidadania e agora considera expandir sua federação com o Solidariedade.
No entanto, a fusão com o PSD é vista como a opção mais promissora e viável para garantir a sobrevivência do partido frente à cláusula de barreira de 2026, que exige um mínimo de votos nas eleições para a Câmara dos Deputados para acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV.
Apesar de algumas divergências internas e da necessidade de aprovação por parte do Cidadania, Serra acredita que a nova configuração partidária poderia reforçar ambas as siglas. Kassab, reconhecido como um dos principais articuladores políticos do centro, ainda não emitiu uma declaração oficial sobre a fusão.
O cenário para o PSDB, que já foi um dos partidos mais influentes do Brasil, é incerto. Uma fusão ou incorporação com o PSD poderia significar uma oportunidade para revitalizar sua influência e reconectar-se com o eleitorado. No entanto, o sucesso dessa estratégia dependerá de ajustes internos significativos no PSDB e de uma plataforma política que ressoe com os eleitores.
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