O Ministério Público da Venezuela decretou a prisão de Edmundo González Urrutia, ex-candidato presidencial derrotado nas eleições de 28 de julho, acusado de uma série de crimes graves, incluindo conspiração e lavagem de dinheiro.
A declaração, divulgada pela Telesur, também menciona uma recompensa de US$ 100 mil para informações que levem ao paradeiro de González Urrutia.
Conforme o comunicado oficial, González Urrutia é acusado de “Conspiração, Cumplicidade na utilização de atos violentos contra a República, Usurpação de funções, Falsificação de documentos, Lavagem de dinheiro, Desconhecimento de instituições do Estado, Instigação à desobediência às leis, Associação para a prática de crime, entre outros.”
Após o anúncio dos resultados eleitorais que confirmaram Nicolás Maduro como presidente, González Urrutia, juntamente com a oposicionista María Corina Machado, liderou movimentos que resultaram em atos criminosos por grupos de extrema-direita, segundo relatórios governamentais. Esses crimes incluíam desde a falsificação de documentos públicos até a conspiração contra o Estado.
González Urrutia se recusou a comparecer perante o Ministério Público venezuelano após ser convocado em três ocasiões, optando por refugiar-se em embaixadas estrangeiras antes de fugir para Madri, Espanha, no dia 7 de setembro.
De Madri, ele fez apelos controversos por uma guerra civil na Venezuela, uma ação que, segundo Maduro, viola as condições de seu asilo político.
Notavelmente, antes de sua partida da Venezuela, González Urrutia havia assinado uma carta reconhecendo a vitória eleitoral de Maduro.
No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou apoio a González Urrutia, rejeitando a decisão do Supremo Tribunal de Justiça venezuelano que validou a reeleição de Maduro com 51,20% dos votos.
Essa divergência de reconhecimentos políticos tem exacerbado as tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, com organizações regionais como a ALBA-TCP apoiando Maduro.
Em desenvolvimentos recentes, o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares, confirmou que González Urrutia recebeu asilo político na Espanha, acrescentando outra camada de complexidade à situação política já volátil.
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