Gusttavo Lima, conhecido cantor sertanejo, anunciou sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2026, trazendo à tona uma polêmica sobre a carga tributária do agronegócio.
Em entrevista recente ao Metrópoles, Lima alegou que o setor “não aguenta mais pagar impostos e não ter benfeitorias para investir em seus próprios negócios”.
Contrariando essa afirmação, o Plano Safra 2024/2025, revelado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destaca um cenário de robusto apoio governamental ao campo, com R$ 400,59 bilhões em linhas de crédito para médios e grandes produtores rurais, um aumento de 10% em relação à safra anterior.
O governo federal enfatiza o sucesso do agronegócio brasileiro no cenário global. O presidente Lula citou que “o Brasil produz mais algodão do que o Egito”, ilustrando a capacidade e o investimento em tecnologia agrícola.
Além disso, Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária, destacou a redução de 23% no custo de produção agrícola e a abertura de 152 novos mercados internacionais em apenas um ano e meio, demonstrando a expansão e a eficácia do setor.
Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a integração de práticas sustentáveis no Plano Safra, com financiamentos a juros baixos para a recuperação de terras degradadas. Essas políticas visam alinhar o crescimento agrícola com as demandas ecológicas globais, fortalecendo a posição do Brasil como um líder agrícola responsável.
Entretanto, a candidatura de Lima suscita discussões, especialmente devido ao seu apoio anterior a Jair Bolsonaro em 2018 e suas declarações recentes sobre se distanciar das polarizações políticas tradicionais.
A postura de Lima quanto aos impostos no agronegócio, entretanto, confronta diretamente as evidências do Plano Safra, que apontam um significativo apoio e subsídio ao setor. Com a possível candidatura em 2026, a disparidade entre suas declarações e os dados oficiais pode ser um ponto central nos debates, considerando o peso econômico e político do agronegócio no Brasil.
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