A partir deste mês de janeiro, o salário mínimo no Brasil será de R$ 1.518. O aumento de R$ 106, equivalente a um acréscimo de 7,5%, foi determinado com base na inflação e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2024, o valor era de R$ 1.412.
O reajuste foi calculado considerando a inflação de 4,84% dos últimos 12 meses até novembro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e um aumento real de 2,5% do PIB. O Congresso Nacional aprovou essa metodologia, que garante que o aumento do salário mínimo supere a inflação, proporcionando um ganho real aos trabalhadores.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59 milhões de brasileiros têm rendimentos vinculados ao salário mínimo. Entre eles, aproximadamente 19 milhões são aposentados e pensionistas que recebem o valor mínimo.
O novo salário mínimo também será a referência para a correção de diversos benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.
A política de garantir um aumento real no salário mínimo foi reintroduzida pelo governo do presidente Lula, que propôs a legislação correspondente ao Congresso Nacional em 2023. Essa prática havia sido interrompida nos governos de 2017 a 2022, quando o salário mínimo não teve aumentos acima da inflação.
A medida busca melhorar o poder de compra dos trabalhadores e fortalecer a rede de proteção social no Brasil. O aumento do salário mínimo tem um impacto significativo na economia, influenciando o consumo e, por extensão, o crescimento econômico.