A decisão da China de impor restrições a 28 entidades americanas marca mais um capítulo na crescente tensão comercial entre Pequim e Washington. Enquanto os Estados Unidos intensificam as sanções a empresas chinesas sob acusações de envolvimento com a Rússia, a China responde com medidas que reforçam sua posição em defesa de sua soberania e interesses nacionais.
China adiciona 28 entidades dos EUA à lista de controle de exportação de uso dual
O Ministério do Comércio da China (MOFCOM) anunciou nesta quinta-feira a imposição de medidas de controle de exportação a 28 entidades dos Estados Unidos, incluindo a General Dynamics, proibindo a exportação de itens de uso dual para as empresas listadas.
As medidas estão em conformidade com as leis e regulamentos chineses, como a Lei de Controle de Exportação da China e as regulamentações sobre o controle de exportação de itens de uso dual. Além disso, a decisão é uma retaliação às crescentes sanções impostas pelos Estados Unidos a empresas chinesas, frequentemente justificadas pela alegação de que a China estaria exportando produtos e serviços de uso dual para a Rússia, que poderiam estar sendo utilizados na guerra da Ucrânia.
Com a decisão, todas as exportações de itens de uso dual para essas 28 entidades estão proibidas, e quaisquer atividades de exportação em andamento devem ser imediatamente interrompidas.
Em casos excepcionais, nos quais as exportações sejam consideradas necessárias, os exportadores devem solicitar permissão ao MOFCOM.
Comentando a decisão, um porta-voz do ministério destacou que a medida visa proteger a segurança e os interesses nacionais, além de cumprir as obrigações internacionais de não proliferação.
O governo chinês continuará promovendo a abertura em alto nível, defendendo firmemente os direitos legítimos de diversas entidades empresariais e incentivando o desenvolvimento de um comércio alinhado às regulamentações, afirmou o porta-voz.
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