Com o término de 2024 se aproximando, é momento de refletir sobre um ano repleto de desafios, vitórias e mudanças significativas para a comunidade do Açu. Entre os destaques, estão o lançamento do Observatório Ambiental Terrapuri e do documentário Açu dos Desgostos, ambos apresentados oficialmente na XVII Feira de Responsabilidade Social Empresarial da Bacia de Campos (FRS), realizada no dia 16 de dezembro, no Campus da Cidade Universitária, em Macaé (RJ).
Em agosto de 2024, foi inaugurado o Observatório Socioambiental TerraPuri, uma plataforma destinada a facilitar o acesso aos processos de licenciamento e aos documentos relacionados aos impactos socioambientais de grandes projetos no Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no norte fluminense. A iniciativa também visa estreitar a comunicação com as comunidades locais.
Criado pelo Instituto Visão Socioambiental (IVS), sob a direção de Bernadete Vasconcelos, e com a colaboração de diversos parceiros, o observatório tem como objetivo aumentar a transparência das informações e disponibilizar ao público dados relevantes sobre os processos de licenciamento ambiental na região. “Grandes empreendimentos impactam diretamente as comunidades locais, e é injusto que as pessoas que mais sofrem com essas obras não participem da discussão nem tenham acesso aos reais impactos dessas iniciativas”, destacou Vasconcelos na ocasião.
Em outubro, foi lançado no YouTube o documentário Açu dos Desgostos, dirigido por Pablo Vergara e produzido pelo Observatório Socioambiental TerraPuri, com o apoio da organização norte-americana EarthWorks. Sua estreia oficial aconteceu no dia 16 de dezembro, na XVIII Feira de Responsabilidade Social Empresarial, no Campus da Cidade Universitária, em Macaé.
O filme retrata o sofrimento das famílias de São João da Barra (RJ) afetadas por um decreto da então prefeita, Carla Machado, que transformou terras rurais em áreas industriais. Posteriormente, o governador da época, Sérgio Cabral, decretou a desapropriação dessas terras, impactando diretamente cerca de 1.500 pessoas e mais de 3.000 famílias de forma indireta, sem qualquer consulta prévia sobre a implementação do complexo industrial, deixando claro para a comunidade local que perderiam suas casas e plantações.
Em dezembro, aconteceu a XVII Feira de Responsabilidade Socioambiental da Bacia de Campos, com o tema “Rumo à COP 30 – Enfrentando Desafios Climáticos”. Entre os dias 16 e 18 de dezembro, o Campus da Cidade Universitária, em Macaé, recebeu um grande número de participantes para debater a Cultura da Sustentabilidade em Macaé e na região da Bacia de Campos. “Foi um ano de grandes conquistas, e estamos otimistas para 2025”, finaliza Bernadete Vasconcelos, diretora do IVS.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!