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China dispara contra Trump com medidas comerciais preventivas

A China intensificou as tensões na guerra comercial com os Estados Unidos ao ampliar tarifas sobre um solvente químico essencial, sancionar sete empresas americanas por motivos de segurança e ameaçar suspender a compra de semicondutores norte-americanos em um único dia. Em 27 de dezembro de 2024, o Ministério do Comércio da China (MoC) anunciou que […]

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China preparando contramedidas para a próxima guerra comercial de Trump. Imagem: X Screengrab

A China intensificou as tensões na guerra comercial com os Estados Unidos ao ampliar tarifas sobre um solvente químico essencial, sancionar sete empresas americanas por motivos de segurança e ameaçar suspender a compra de semicondutores norte-americanos em um único dia.

Em 27 de dezembro de 2024, o Ministério do Comércio da China (MoC) anunciou que as tarifas antidumping sobre importações de n-butanol provenientes dos EUA, Taiwan e Malásia seriam prorrogadas por mais cinco anos, a partir de 29 de dezembro. O MoC justificou que, sem as tarifas, práticas de dumping poderiam retornar, prejudicando a indústria doméstica de n-butanol, um químico orgânico usado na fabricação de tintas, adesivos e plastificantes.

Desde 2018, a China aplica tarifas de 52,2% a 139,3% sobre o n-butanol dos EUA, 12,7% a 26,7% sobre os da Malásia e uma taxa fixa de 56,1% para empresas taiwanesas, exceto a Formosa Plastics Corp, que paga 6%. Em 2022, Taiwan foi o principal fornecedor, com 66% do total importado pela China, seguido pela Arábia Saudita (23,4%). Contudo, fornecedores chineses ainda enfrentam desafios em qualidade.

Sanções por vendas de armas a Taiwan

Em resposta às vendas de armas dos EUA a Taiwan, o Ministério das Relações Exteriores da China sancionou sete empresas americanas e seus executivos. Baseadas na Lei Antissanções da China, as sanções incluem congelamento de ativos e proibição de negócios com entidades chinesas.

As empresas sancionadas operam em setores variados, como a Insitu Inc (sistemas aéreos não tripulados, subsidiária da Boeing), Aerkomm Inc (tecnologia de comunicação via satélite) e Oceaneering International Inc (soluções robóticas para energia, defesa e manufatura). A medida segue a aprovação de um pacote de armas de US$ 295 milhões pelo governo Biden em 20 de dezembro e outro de US$ 385 milhões em novembro, incluindo peças para caças F-16 e sistemas de radar.

O comentarista militar pseudônimo “Dianwutang” afirmou que os EUA continuam tentando conter o desenvolvimento chinês por meio da questão de Taiwan. Segundo ele, a China agora adota respostas precisas e calculadas, e as empresas sancionadas enfrentarão dificuldades no acesso a materiais como gálio, germânio e antimônio, essenciais para seus produtos.

Resposta à investigação dos EUA sobre semicondutores

Em 23 de dezembro, o Escritório do Representante Comercial dos EUA anunciou uma investigação com base na Seção 301 sobre a indústria de semicondutores da China, acusando-a de prejudicar a economia americana. O Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT), ligado ao MoC, classificou a investigação como protecionismo comercial e pediu que os EUA respeitem as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O CCPIT criticou os subsídios americanos à sua indústria de semicondutores como uma violação dos princípios de competição justa. Além disso, sugeriu que a China poderia interromper a compra de chips americanos, seguindo apelos recentes de associações industriais chinesas para que suas empresas evitem semicondutores dos EUA por questões de segurança, após novas restrições impostas por Washington.

Essas medidas indicam que a China está reforçando sua posição em conflitos econômicos e políticos com os Estados Unidos, preparando-se para as potenciais ações da administração Trump em 2025.

Por Yong Jian
Em 28 de dezembro de 2024. Publicado originalmente no Asia Times


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