Haddad aposta na estabilização do dólar em meio as especulações do mercado

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira, 18, que a recente valorização do dólar está vinculada à expectativa pelas decisões do Congresso sobre o pacote de medidas fiscais.

Durante uma coletiva de imprensa, Haddad expressou otimismo quanto à estabilização da moeda nos dias seguintes e enfatizou a importância de não haver redução no impacto das medidas propostas.

Haddad explicou que o governo está empenhado em manter a integridade das medidas, convencendo os legisladores sobre a necessidade dessas para fortalecer o controle fiscal.

“Nós estamos fazendo a nossa parte, que é garantir que elas não sejam desidratadas, convencendo as pessoas de que são medidas necessárias para reforçar o arcabouço fiscal do ponto de vista da despesa,” disse o ministro.

Ele relatou que já houve progresso com a aprovação de uma proposta na Câmara dos Deputados e que outras duas estão programadas para votação, incluindo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Haddad também mencionou um encontro planejado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para alinhar o calendário de votações e garantir a aprovação do pacote fiscal até o fim da semana.

O ministro expressou confiança que o atual clima de incerteza, que tem influenciado as flutuações do câmbio, irá diminuir assim que as medidas forem aprovadas. Segundo ele, isso permitirá que o Orçamento seja ajustado de acordo com os limites fiscais previstos.

Haddad acrescentou que, apesar das especulações do mercado, as previsões de inflação e câmbio para o próximo ano estão melhores do que as estimativas do mercado. Ele afirmou que o Banco Central e o Tesouro Nacional têm atuado para estabilizar a moeda através da intervenção no mercado de títulos.

O dólar atingiu R$ 6,177 na compra e R$ 6,178 na venda às 12h51 de quarta-feira, marcando um aumento de 1,35% sobre o dia anterior, e alcançando o maior valor nominal de fechamento da história.

Além disso, Haddad comemorou a aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, considerando-a um marco histórico após mais de três décadas de discussões. O projeto agora aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro ressaltou que, embora as medidas de corte de gastos sejam essenciais, o trabalho do governo não se encerra com a aprovação das medidas, indicando que questões pendentes, como a desoneração da folha, ainda necessitam ser resolvidas.

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