O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou no último sábado (14) a prisão preventiva do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro na eleição presidencial anterior.
A decisão foi baseada em indícios de que Braga Netto tentou interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, conforme relatórios da Polícia Federal (PF).
De acordo com a PF, desde agosto deste ano, Braga Netto vem atuando para dificultar o progresso das apurações.
A investigação da PF também envolve Jair Bolsonaro e outros membros do governo anterior, com acusações que incluem associação criminosa, obstrução de justiça, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e tentativa de deposição de poder por meios violentos.
A pena máxima estimada para Braga Netto pode chegar a 41 anos e 4 meses de reclusão.
A GloboNews informou que a prisão preventiva foi solicitada pela PF para evitar riscos de continuação das práticas ilícitas e para preservar a ordem pública, garantindo a eficácia das investigações em curso.
Segundo a legislação brasileira, a prisão preventiva é uma medida cautelar, aplicada durante o inquérito, sem prazo fixo, sujeita à revisão judicial.
Entre as evidências que sustentam a ordem de prisão, estão tentativas de Braga Netto de obter informações sigilosas sobre delações premiadas, incluindo contatos com familiares de colaboradores e documentos suspeitos encontrados na sede do PL, que sugerem a preparação de respostas para questões relacionadas à colaboração premiada de Mauro Cid, um dos envolvidos no caso.
A defesa de Braga Netto, por meio de um comunicado divulgado no mesmo dia da decisão, afirmou que ainda não teve acesso completo aos autos do processo e declarou confiança na justiça, enfatizando a intenção de demonstrar a inexistência de obstrução nas investigações. Os advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel de S. Venâncio e Francisco Eslei de Lima assinaram o documento.
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