O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, comentou nesta terça-feira sobre a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, destacando que o evento “mexe com os militares”, embora não tenha sido uma surpresa.
A declaração foi dada após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um contexto de preocupações crescentes sobre o envolvimento de militares em atividades políticas.
Braga Netto, que é investigado por seu suposto papel em um plano para manter Jair Bolsonaro na Presidência após a eleição de 2022, foi detido em uma operação que tem provocado intensas discussões sobre a relação entre as Forças Armadas e a política no Brasil.
Segundo o ministro Múcio, apesar do desconforto evidente dentro do Exército, a prisão do general não deve ser interpretada como uma acusação contra a instituição como um todo.
O ministro reforçou a importância de diferenciar as ações individuais das responsabilidades institucionais, enfatizando que “cada um entrou nisso com seu CPF” e que é crucial “preservar o CNPJ das três Forças”. Múcio expressou esperança de que a situação seja resolvida rapidamente e destacou o apoio de colegas ao general detido.
“Cada um entrou nisso com seu CPF e a gente tem que preservar o CNPJ das três Forças”, disparou o ministro. “Ele [Braga Netto] tem muitos colegas, está preso, mas não foi surpresa para absolutamente ninguém, estamos torcendo para que tudo isso passe”, completou.