O Exército de Libertação Popular da China elaborou um catálogo detalhado de alvos estratégicos nos grupos de porta-aviões dos EUA, destacando radares, sensores e sistemas de comunicação como prioridades em possíveis conflitos, em um movimento que reforça a guerra silenciosa pela supremacia tecnológica nos mares
A unidade de guerra eletrônica do Exército de Libertação Popular (PLA) produziu uma lista de alvos para um ataque coordenado contra grupos de porta-aviões dos Estados Unidos.
Em um possível conflito, esses radares, sensores e sistemas de comunicação militares americanos, identificados com precisão, provavelmente serão alvos concentrados das armas de guerra eletrônica da China, de acordo com um pesquisador envolvido no projeto.
Essa revelação sem precedentes foi publicada na edição mais recente da revista Defence Industry Conversion in China, supervisionada pela Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional. A publicação tem como objetivo incentivar instituições civis e empresas a participarem de pesquisas sobre tecnologias militares e produção de armas.
“Essas informações podem servir como referência para o desenvolvimento de tecnologias de contramedidas eletrônicas e equipamentos relacionados nos futuros campos de batalha navais da China”, escreveu Mo Jiaqian, especialista em contramedidas eletrônicas da Unidade 92728 do PLA, no relatório.
O relatório dela analisou os mecanismos e as vantagens do sistema de Capacidades de Engajamento Cooperativo (CEC, na sigla em inglês) da Marinha dos EUA, um componente vital da defesa aérea e da rede de alerta antecipado da frota de porta-aviões.
Esse sistema permite que toda a frota compartilhe recursos de defesa aérea, permitindo que os navios lancem mísseis antiaéreos para interceptação, mesmo que seus próprios sensores não detectem um alvo em aproximação.