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Setor automotivo fecha 2024 com alta histórica nas vendas e recorde de investimentos

O setor automotivo brasileiro encerrou 2024 com crescimento de 15% nas vendas em relação ao ano anterior, alcançando 2,6 milhões de unidades comercializadas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O desempenho coloca o Brasil como destaque entre os dez maiores mercados globais, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), presidida por […]

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O setor automotivo brasileiro encerrou 2024 com crescimento de 15% nas vendas em relação ao ano anterior, alcançando 2,6 milhões de unidades comercializadas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

O desempenho coloca o Brasil como destaque entre os dez maiores mercados globais, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), presidida por Marcio de Lima Leite.

Os dados divulgados pela Anfavea apontam que o resultado foi impulsionado por um ambiente econômico favorável.

De acordo com Lima Leite, “foi um momento de harmonização das tecnologias, cada fabricante fez sua escolha e fizemos uma corrida junto ao governo para que as regulamentações se adequassem aos planos de investimentos. O ano começou com incertezas e terminou de forma espetacular”.

Investimentos e Impacto no Emprego

O setor acumulou R$ 180 bilhões em investimentos ao longo do ano, com R$ 130 bilhões provenientes das fabricantes e R$ 50 bilhões do setor de autopeças. Esse montante representa o maior ciclo de aportes da história da indústria automotiva no Brasil. Além disso, foram gerados 100 mil novos empregos em 2024, consolidando os efeitos das medidas econômicas e industriais implementadas durante o ano.

Recuperação no Segundo Semestre

O segundo semestre foi marcado por um desempenho expressivo. As vendas internas subiram 32% em relação ao primeiro semestre, enquanto as exportações cresceram 44,2%.

A Argentina destacou-se como principal destino, com aumento de 39% nos embarques, seguida pelo Uruguai, que registrou crescimento de 14%. Lima Leite ressaltou que “o segundo semestre foi marcado pelo crescimento de alguns países de destino. Os embarques para a Argentina, por exemplo, cresceram 39% e para o Uruguai, 14%”.

Apesar dos avanços, o setor enfrentou desafios com o aumento das importações de veículos, especialmente da China, que ampliou sua participação de 10% para 26% entre janeiro e novembro. Lima Leite destacou que “o que preocupa é que a balança comercial do setor, pela primeira vez desde 2021, apresentou déficit. Isso tem que ser pontual e não pode ser uma tendência”.

Perspectivas para 2025

Para 2025, as projeções indicam crescimento de 5,6% nas vendas, com expectativa de atingir 2,8 milhões de unidades, e alta de 6,8% na produção.

Esse avanço será impulsionado pelo início das operações de novas fábricas e pelas medidas de fortalecimento da política industrial. Entre as prioridades estão a redução de custos de produção e melhorias na logística portuária, além da harmonização regulatória com países vizinhos.

Lima Leite avaliou que o acordo Mercosul-União Europeia, recentemente concluído, pode oferecer oportunidades de longo prazo para a indústria. “Hoje, há dificuldade de acessar esses fornecedores por causa do imposto de importação. Com o acordo, haverá mais flexibilidade”, afirmou.

Reforma Tributária e Renovação da Frota

Outro tema abordado foi a manutenção do imposto seletivo para veículos nas discussões da reforma tributária.

O presidente da Anfavea alertou que a medida pode comprometer os esforços de renovação da frota. “A lógica do imposto seletivo é tributar algo que vai melhorar o meio ambiente, que é a renovação da frota”, explicou.

Com as perspectivas de continuidade no crescimento e os desafios de competitividade internacional, o setor automotivo segue como um dos pilares da economia brasileira, buscando consolidar os avanços obtidos em 2024 e preparar-se para os próximos anos.

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