Rússia articula IA própria dos BRICS para desafiar os EUA

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta semana a formação de uma aliança internacional de inteligência artificial (IA) entre os países do Brics, incluindo Brasil, Índia, China e África do Sul, além de membros recém-adicionados como Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito.

A iniciativa surge como uma resposta direta às tentativas de contornar as sanções ocidentais decorrentes do conflito na Ucrânia, que impactam a importação de tecnologias essenciais para o desenvolvimento de IA.

Durante uma conferência tecnológica em Moscou, Putin revelou que a “Rede de Aliança de Inteligência Artificial” não se limitará apenas aos membros do Brics. Sérvia e Indonésia também expressaram interesse em aderir ao projeto, indicando uma possível expansão futura da aliança.

O principal objetivo dessa colaboração é consolidar uma frente unificada para competir com os Estados Unidos, que junto com a China, dominam o setor de IA globalmente.

Este esforço coletivo visa promover a pesquisa integrada e o desenvolvimento de regulamentações de IA, além de potencializar o comércio de produtos tecnológicos entre os países participantes.

A Rússia, especificamente, tem intensificado seus investimentos em IA. Putin destacou a importância de uma participação equitativa na corrida global pela tecnologia avançada, apontando que o Kremlin tem planos ambiciosos para a IA, incluindo um aumento substancial nos fundos destinados ao setor nos próximos anos.

Atualmente, a contribuição da IA para o PIB russo é modesta, mas projeções sugerem que poderá atingir mais de US$ 109 bilhões até 2030.

Além disso, uma meta ambiciosa foi estabelecida para que 80% dos trabalhadores russos possuam habilidades em IA até o mesmo ano, um aumento significativo em relação aos 5% registrados em 2023.

A decisão de formar tal aliança pode representar uma virada no cenário tecnológico global, especialmente com a recente nomeação de um “Czar de IA” pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que visa manter a liderança americana no setor.

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