Uma pesquisa realizada pela Quaest, divulgada nesta quinta-feira, 12, revelou que 53% dos paulistas acreditam que a Polícia Militar do estado faz uso excessivo da força em suas abordagens, segundo informações de O Globo.
O levantamento foi conduzido em um contexto de ampla repercussão de casos de violência policial, incluindo episódios como o de um homem arremessado de uma ponte por um policial militar e a morte de um estudante de medicina durante uma abordagem.
Os dados da pesquisa, que ouviu 1.650 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, apresentam uma margem de erro de dois pontos percentuais e mostram uma percepção dividida da população sobre o tema.
Percepção Geral
De acordo com o estudo, enquanto 53% dos entrevistados consideram o uso de força pela corporação excessivo, 42% entendem que os abusos são casos isolados e que os policiais, em geral, seguem a lei. Outros 5% dos participantes não souberam ou preferiram não responder.
Relação com Avaliação do Governo Estadual
Os resultados mostram uma correlação entre a percepção sobre a atuação policial e a avaliação do governo estadual, liderado por Tarcísio de Freitas.
Entre aqueles que aprovam a gestão estadual, 41% acreditam que há uso excessivo de força pela Polícia Militar, enquanto 55% veem os casos de violência como situações pontuais.
Entre os que desaprovam o governo, 76% consideram a atuação policial sistematicamente violenta, e apenas 20% acreditam que os abusos se restringem a episódios isolados.
Contexto e Repercussão
O levantamento ocorre em um momento de atenção ao papel das forças de segurança pública no estado, especialmente diante de episódios recentes amplamente discutidos pela sociedade. A divulgação dos números reforça o debate sobre o modelo de atuação da Polícia Militar e sua relação com a população.
A pesquisa aponta que a percepção da população sobre a atuação policial está profundamente ligada ao contexto político e à gestão do estado, influenciando a confiança nos mecanismos de controle e fiscalização da força policial.
Com os resultados apresentados, o tema deve permanecer em evidência nas discussões sobre segurança pública e política estadual.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!