A Rússia anunciou planos ambiciosos para desenvolver um novo sistema ferroviário ligando o maior campo de carvão do mundo, localizado na vasta bacia sedimentar de Tunguska, com portos de exportação na costa leste do país, perto da fronteira com a China.
Este desenvolvimento visa facilitar o transporte de carvão para exportação, especialmente para mercados asiáticos como a China.
A bacia de Tunguska, que cobre um milhão de quilômetros quadrados na Sibéria e na região do extremo leste da Rússia, possui reservas comprovadas de 6,4 bilhões de toneladas de carvão, conforme divulgado por Moscou em outubro.
A nova linha ferroviária estender-se-á até Khabarovsk Krai, uma das principais regiões exportadoras de carvão do país, que faz fronteira com a província chinesa de Heilongjiang.
Além de transportar carvão da bacia de Tunguska, a ferrovia também servirá o complexo de carvão de Elga, um dos maiores depósitos de carvão coqueificável do mundo, já em operação e utilizado principalmente na produção de aço.
A Associação Chinesa de Pesquisa Econômica do Carvão destacou em um artigo publicado em seu site e na conta do WeChat que, apesar das dificuldades de acesso e do clima severo que caracterizam a região, a bacia de Tunguska apresenta um grande potencial de exploração de carvão.
O projeto é visto com grande interesse pela indústria de carvão de Pequim, dado o potencial de aumento significativo nas exportações de carvão russo para a China, reforçando assim a segurança energética chinesa e fomentando a cooperação econômica bilateral na região.
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