A última chicotada de Campos Neto na economia brasileira

O Brasil alcançou nesta quarta-feira, 11, a segunda maior taxa de juros real do mundo, seguindo uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual, passando de 11,25% para 12,25% ao ano.

A Turquia ocupa a primeira posição no ranking, enquanto a Rússia está em terceiro, de acordo com dados da consultoria MoneYou.

O aumento, decidido unanimemente pelo Copom, é o maior registrado durante a administração do presidente Lula e ocorre em um contexto de desancoragem das expectativas de inflação e retomada da atividade econômica. Este encontro marca também a última reunião sob a presidência de Roberto Campos Neto no Banco Central.

Em uma reunião anterior, no dia 6 de novembro, a taxa já havia sido elevada em 0,50 ponto percentual. Agentes financeiros consultados pela Reuters ajustaram suas previsões para o aperto monetário, refletindo dados econômicos que superaram as expectativas.

No mercado de juros futuros, houve ajustes. As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DI) para contratos de médio e longo prazos diminuíram, indicando otimismo quanto ao progresso do pacote fiscal no Congresso.

Entretanto, as taxas para os vencimentos de curto prazo aumentaram, sinalizando que o Banco Central pode estar intensificando o ritmo de elevação da Selic. Ao final do dia, a taxa do DI para janeiro de 2025 foi registrada em 12,009%, e para janeiro de 2027, diminuiu para 14,47%.

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