Segundo o mais recente Relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (9), as projeções para a taxa Selic, inflação e PIB foram ajustadas, refletindo a reação do mercado às recentes pressões inflacionárias e cambiais.
Para 2025, a expectativa para a taxa básica de juros é de 13,50%, um aumento em relação aos 12,63% previstos anteriormente.
Para o final de 2024, a projeção para a Selic foi ajustada de 11,75% para 12%. Essas expectativas surgem na véspera da última reunião de política monetária do ano do Banco Central, agendada para esta terça e quarta-feira.
No que diz respeito à inflação, a previsão para 2024 aumentou de 4,71% para 4,84%, e para 2025, a expectativa subiu de 4,40% para 4,59%. A inflação projetada para 2026 e 2027 também sofreu ajustes, refletindo a contínua volatilidade nos preços administrados e no Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M).
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o relatório aponta para um crescimento esperado de 3,39% em 2024, um aumento em relação à projeção anterior de 3,22%. Para 2025, as projeções foram ajustadas para um crescimento de 2,00%, enquanto as estimativas para 2026 e 2027 permaneceram estáveis.
As expectativas para o câmbio também foram revisadas, com a projeção para o dólar em 2025 aumentando de R$ 5,60 para R$ 5,77. Para os anos subsequentes, as estimativas também apresentaram elevações, refletindo um ambiente de maior incerteza cambial.
A dívida líquida do setor público é outra variável chave monitorada pelo Relatório Focus. As projeções para 2024 indicam uma leve redução para 63,04% do PIB, enquanto as estimativas para os anos seguintes mostram um aumento gradual, alcançando 73,45% do PIB em 2027.
A balança comercial prevista para 2024 foi ligeiramente reduzida para um saldo positivo de US$ 74,15 bilhões. As projeções para os anos seguintes apresentam ajustes menores, refletindo as expectativas do mercado sobre o desempenho comercial do Brasil no cenário global.
Essas revisões nas projeções econômicas indicam uma perspectiva cautelosa dos analistas em relação à economia brasileira, com ajustes na política monetária, expectativas inflacionárias e projeções de crescimento sendo recalibradas em resposta às condições econômicas internas e externas.