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Entenda como o regime de Assad colapsou em poucas horas na Síria

Damasco, capital da Síria, testemunhou um colapso significativo neste domingo, 8 de dezembro, que marcou o fim do regime de Bashar al-Assad. Murad Sadygzade, presidente do Centro de Estudos de Oriente Médio da Universidade de Moscou, detalhou em um artigo no site RT os fatores decisivos para esse desfecho, incluindo a influência de forças externas […]

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DIVULGAÇÃO/ND

Damasco, capital da Síria, testemunhou um colapso significativo neste domingo, 8 de dezembro, que marcou o fim do regime de Bashar al-Assad.

Murad Sadygzade, presidente do Centro de Estudos de Oriente Médio da Universidade de Moscou, detalhou em um artigo no site RT os fatores decisivos para esse desfecho, incluindo a influência de forças externas e erros estratégicos do governo sírio.

De acordo com Sadygzade, o conflito na Síria, que perdura há mais de uma década, corroeu as estruturas econômicas, sociais e políticas do país.

Ele citou que a guerra prolongada, as sanções devastadoras e a incapacidade de atender às necessidades internas fragilizaram severamente o Estado sírio.

“Quando as forças opositoras e grupos terroristas se aproximaram de Damasco, o Estado já estava demasiadamente enfraquecido para resistir,” afirmou Sadygzade.

A ofensiva final que levou ao colapso começou com intensificação dos conflitos na província de Idlib, liderados por grupos como o Hay’at Tahrir al-Sham (HTS).

Em 7 de dezembro, essas forças avançaram para Damasco após conquistar Homs, encontrando pouca resistência. O caos instalou-se rapidamente, com soldados desertando e civis fugindo em massa da capital.

A queda de uma estátua de Hafez al-Assad, fundador do regime, em meio à celebração de algumas partes da população, destacou a queda simbólica e definitiva do governo que dominou o país por décadas. Em contraste, outras áreas da capital experimentaram pânico e desordem.

Sadygzade também enfatizou a importância de entender a intervenção de potências externas no conflito sírio. Ele apontou o suporte de países ocidentais e árabes aos opositores do regime e destacou ações estratégicas de Israel nas Colinas de Golã. A perda de apoio de aliados chave, como Rússia e Irã, também contribuiu para a queda do regime.

O especialista advertiu que a queda do regime de Assad não garante a estabilidade futura da Síria. Ele comparou a situação com outros contextos pós-conflito, como a Líbia, sugerindo que a Síria poderia enfrentar uma fragmentação e instabilidade prolongadas devido a conflitos internos e influências estrangeiras contínuas.

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